Jejum de Banza até Horta: finalizadores do Braga "congelaram" e média de golos baixou
Principais finalizadores do Braga congelaram, sendo Simon Banza o caso mais flagrante. O último a faturar foi o espanhol Abel Ruiz, precisamente frente ao Saint-Gilloise. Linha ofensiva do Braga, incluindo o capitão Ricardo Horta, apenas rendeu um golo nos últimos três jogos. Média de remates certeiros passou de 2,8 para 2,3 nos últimos três jogos.
Corpo do artigo
O arsenal do Braga que tanto furor causou no arranque da temporada extinguiu-se por completo na receção ao Chaves, para o campeonato. Não se tratou, porém, de algo inesperado.
Progressivamente, os melhores marcadores foram perdendo a eficácia e o técnico Artur Jorge tem trabalhado no sentido de reativá-los já na visita ao Saint-Gilloise, depois de os arsenalistas terem produzido apenas dois golos nos últimos três jogos que se traduziram em outras tantas derrotas - o remate certeiro na visita ao Dragão e o golo na receção aos belgas.
Abel Ruiz foi o último arsenalista a marcar, precisamente na receção à formação de Bruxelas, mas de pouco valeu, porque Nilsson daria a volta ao marcador na ponta final do jogo.
Se por um lado Abel Ruiz (soma três golos) não constitui, para já, uma preocupação dado que só não marca há um jogo, por outro, o panorama não é famoso em relação aos companheiros do ataque, entrando aqui também o capitão Ricardo Horta, extremo já com cinco golos.
O congelamento é geral e o ponta-de-lança Simon Banza, que rendeu cinco golos e uma assistência nos primeiros quatro jogos da época, é o caso mais paradigmático, contabilizando nesta altura sete jogos consecutivos sem faturar. Trata-se de um recorde pessoal pela negativa desde que passou a jogar em ligas principais: pelo Famalicão apenas jejuou durante seis jogos na época passada, depois de ter experimentado o mesmo ainda em França, ao serviço do Lens (2020/21).
Por sua vez, Vitinha (leva quatro golos) não marca há três jogos consecutivos, apresentando como atenuante o facto de ter assistido Abel Ruiz no golo que apontou ao Saint-Gilloise.
Sem ser um avançado de área como Ruiz, Banza e Vitinha, também Ricardo Horta se depara com um problema de ineficácia na finalização, sendo este um fenómeno raro num jogador habituado a marcar muitos golos por época. O melhor marcador da história do clube (98 golos) atirou a contar pela última vez frente ao Vizela, tal como Vitinha, e, a partir daí, não voltou a faturar, ao mesmo tempo que a equipa passou de uma média de 2,8 para 2,3 golos por jogo.