Jaime Antunes antes da AG: "Vir para o Benfica não se compadece de pessoas a trabalhar por amor"
Assembleia Geral deste sábado vai votar a remuneração dos dirigentes encarnados. Antunes acredita que a medida é importante e lembra que as águias faturam perto de 300 milhões de euros por ano.
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Realiza-se este sábado a segunda parte da Assembleia Geral do Benfica (às 9h30), que vai votar, entre outros temas quentes, a remuneração dos órgãos sociais do clube. Na sexta-feira, à BTV, Jaime Antunes, vice-presidente das águias, fez uma “antevisão” da reunião e afirmou que essa medida é essencial para o futuro dos encarnados. “Estes são uns estatutos que preparam o Benfica para a modernidade. Há uma alteração cultural do Benfica, a possibilidade de remuneração dos órgãos sociais e da Direção”, referiu também o administrador da SAD.
“Não é possível continuar com um modelo destes. Um modelo destes, em que as pessoas não podem ser remuneradas, faz com que muitos sócios que gostariam de ser dirigentes do Benfica não o possam fazer devido à sua vida pessoal, profissional, pois as pessoas têm de ganhar dinheiro para viver. Vir para o Benfica, uma organização com a dimensão que temos, um grupo empresarial que num ano normal fatura próximo de 300 milhões de euros, não se compadece de pessoas a trabalhar por amor”, disse, antes de explicar: “Com as remunerações dos órgãos sociais não se pode gastar mais de 0,5 por cento da faturação consolidada do grupo do ano anterior. É a forma de se criar um travão para que um dia não apareça alguém com uma lógica despesista e irresponsável. São uns estatutos que permitem ajustar a constituição do Benfica aos nossos tempos”, justificou o dirigente sobre uma AG em que a perda de controlo do clube por parte dos sócios ficará blindada, destacando-se ainda a mudança nas votações, na elegibilidade dos associados para serem candidatos a presidente.