Noronha Lopes, candidato à presidência das águias, esteve à conversa com adeptos via Zoom.
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Sobre as claques: "Todos queremos um futebol alegre onde possamos ir com a família com boas condições para todos. Relativamente ao Cartão de Adepto, como está não resolve o assunto, tenho dúvidas legais e torna algumas coisas ainda mais complicadas nos jogos fora. Quando for eleito, quero reunir-me com o Secretário de Estado do Desporto e falar do assunto".
Debates: "Já estamos a debater ideias, o Benfica sempre foi um clube democrático e é positivo várias listas terem já programas lançados. Quando for eleito até vou pedir algumas ideias emprestadas. Espero que o atual presidente apresente um programa, para que as pessoas e todos possamos discutir o futuro do Benfica".
Experiência: "Esta candidatura é para ganhar as eleições, nunca foi reserva de ninguém. Estou aqui para ganhar e estou muito confiante na vitória. Já tive tarefas mais complicadas do que o Benfica, no meu passado e em 17 anos de gestão que não foram passados em gabinetes, mas sim no terreno. Já tive de negociar no Cazaquistão, na China, na Rússia, em África e tive de lidar com pessoas e situações muito mais complicadas do que as do mundo do futebol. Sempre cheguei primeiro, mas com um código de conduta muito rígido. O sucesso desportivo é possível com ética e transparência".
Posição de Rui Costa: "É uma grande figura e referência do Benfica. Teve um papel discreto na SAD, mas agora vai tendo um papel mais ativo. Quando for eleito contarei com ele".
Inovação em dia de jogo: "Queremos melhorar a experiência do dia de jogo, que até agora se limita a duas ou 2h30 antes das partidas. Quero criar uma zona à volta do estádio onde possam estar os adeptos, as Casas do Benfica e tecnologias que possam gerar novas receitas".
Finanças do Benfica: "Comigo, o Benfica nunca perderá a maioria do capital da SAD, é absolutamente inegociável. É isso que faz do Benfica um clube maior do que os outros. Até agora o Benfica vivia numa situação de sustentabilidade financeira e tivemos boas notícias com a evolução da redução da dívida, mas alavancada com a venda de um jogador [João Félix]. Preocupa-nos que estamos muito próximos dos rácios de fair-play da UEFA e temos de ter uma gestão muito criteriosa. Há que comprar com critério numa conjuntura que não sabemos como será no futuro. Vamos ter de vender mas o segredo passa por reter mais tempo os jogadores, algo que não foi feito nos últimos três anos. Quero um projeto de longo prazo dando à prata da casa tempo para amadurecer e fazer contratações cirúrgicas".