Rui Pedro, 33 anos, tem duas ligas húngaras no currículo, uma romena, um título de sub-19 e outro de sub-15.
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Rui Pedro esteve emigrado durante oito dos últimos dez anos. A vontade de regressar fizeram-no assinar pela Sanjoanense.
Porquê assinar pela Sanjoanense neste regresso a Portugal?
-É um projeto muito bom, as pessoas são de extrema confiança e queria ter alguma estabilidade familiar depois de cinco anos fora do país. É um regresso desejado. Estou feliz por ter tomado esta decisão.
O clube não começou bem o campeonato e já trocou de treinador. Isso influenciou a decisão?
-Não influenciou nada. Como disse anteriormente, acredito nas pessoas que estão à frente deste projeto, acredito nestes jovens, cheios de qualidade, e é a altura para darmos o clique em busca de bons resultados e lutarmos pelos quatro primeiros lugares que dão acesso à fase de subida.
O grupo está preparado para dar esse clique e inverter esta fase?
-O grupo que encontrei está extremamente confiante, tem muita qualidade e vejo uma equipa ambiciosa, o que é muito importante. Estão reunidas todas as condições para começarmos a ganhar já no domingo e voltarmos aos bons resultados.
Como têm sido estes primeiros dias de trabalho do novo treinador Tiago Moutinho?
-Têm sido bons. O treinador reuniu o grupo, estamos unidos e temos gostado bastante dos métodos de treino do mister. É importante transportarmos para domingo tudo o que temos feito de bem no treino.
Foram positivos estes cinco anos na Hungria?
-Foram diferentes, de aprendizagem, tive a oportunidade de ser campeão na Hungria mas, como disse, estava na altura de voltar a Portugal.
Ainda lhe passa muitas vezes pela cabeça aquele hattrick na Liga dos Campeões, frente ao Braga [em 2011/12]?
-Por vezes passa [risos]. É um momento que marca qualquer carreira, neste caso marcou a minha, é um momento que ficou para a minha vida, relembro-o com um sentimento especial, no entanto já faz parte do passado.
Traz para o clube um currículo de quem jogou nas competições europeias que ninguém tem neste plantel. Os mais jovens já quiseram saber mais sobre como é, por exemplo, jogar numa Champions?
-Não foram coisas que falámos. A minha vinda é para trazer experiência à equipa, que tem extrema qualidade e alguns jogadores poderão dar o salto.
Olhando para trás, esta é a carreira que quis construir ou podia ter ido mais além?
-Há várias formas para chegar ao sucesso. Ainda não terminei, tenho uma palavra a dizer na Sanjoanense e não olho para o passado porque ainda não acabei a carreira, mas sinto-me feliz pelo que fiz. Joguei em bons campeonatos, fui campeão em países diferentes e quero dar continuidade e dar alegrias a estes adeptos.
Nunca quis antecipar o regresso a Portugal?
-Tive a oportunidade de voltar, mas tive que tomar uma decisão: a parte financeira ou desportiva. Optei pela parte financeira, porventura muitas pessoas podem pensar que estou a pagar esse preço de ter estado muitos anos fora Todavia, como disse, estou feliz pelo que fiz e pelo que ainda vou fazer.