"Isto não é fácil, os treinadores terem de vir aqui e tanta gente por aí escondida"
Declarações de António Folha após a derrota do FC Porto B frente à Oliveirense, por 1-2, num jogo que ficou marcado pela expulsão de Bernardo Folha. Lançado no jogo aos 67 minutos, o filho de António Folha acabou por ser expulso com vermelho direto 10 minutos depois da estreia numa prova profissional. Um lance muito contestado pelos portistas.
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O que faltou para sair com outro resultado: "Isto não é fácil. Os treinadores terem de vir aqui sempre e tanta gente por aí escondida, não é? Mas pronto, é a vida. Somos nós que temos de vir aqui, somos nós que perdemos e são os jogadores que estão frustrados, hoje é difícil vir aqui. Mas avaliando o jogo, que é aquilo que importa, em que para mim e para os meus jogadores, acho que foi uma entrada muito boa do FC Porto, entrada forte. Assim foi, conseguimos marcar um golo, podíamos ainda ter marcado outro, mas não conseguimos e na primeira vez que o adversário foi à baliza fez um golo, mas o futebol é mesmo assim. Aí é que senti que a equipa ficou um pouco mais intranquila".
Segunda parte: "Na segunda parte tentámos ajustar e as coisas foram de encontro aquilo que pretendíamos, na procura do golo, controlar o jogo interior, chegar à zona de finalização para fazer o golo. Até determinada altura conseguimos, depois não conseguimos. Depois com menos um é muito difícil para uma equipa que tem sofrido muitos reveses, é extremamente difícil e o ânimo destes miúdos fica baixo. Tentámos reagir de todas as maneiras ate mais com coração do que com a cabeça, mas fomos sempre à procura daquilo que é a nossa mentalidade que é lutar ate ao fim com todas as armas, tentar pelo menos empatar o jogo. Não conseguimos e sentimo-nos muito frustrados, mas depois de amanhã começámos outra vez a trabalhar com muito profissionalismo, muita paixão e muita ambição."
Expulsão deita a equipa abaixo?: "Claro. Os jogadores têm memória e sabem muito bem o que tem acontecido. Com menos um em campo ainda torna as coisas mais difíceis. Eles têm memória, já jogam há não sei quantos jogos. Eles têm memória, claramente. A partir daí é mais difícil e não conseguimos. A equipa também é jovem e tem memória do que tem acontecido, começa a duvidar, começa a ficar intranquila, começa a não ter confiança, começa a não acreditar nisto. É muito difícil por estarmos a trabalhar com jovens e ter de fazer crescer jovens para as seleções, para os clubes, para todo o lado, dentro de um contexto destes é extremamente difícil. Aquilo que temos de fazer é fazê-los ver que queremos qualidade no nosso futebol português, tudo do melhor, é aquilo que transmitimos. Mas isto começa a ser difícil."
Balanço: "Temos de trabalhar e muito. É isso. Por todos os aspetos. Temos de trabalhar todos os dias no campo para melhorar e os jogadores continuarem a dar tudo, para invertermos esta situação. Porque é uma situação que não estamos habituados, mas vamos dar tudo para dar a volta a esta situação, tendo a consciência que, se calhar, é uma situação e posição que não é condizente com o que têm feito em campo."