Fernando Gomes, líder da Federação é o alvo principal da entrevista do presidente do FC Porto, Pinto da Costa, à revista "Dragões"
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Pinto da Costa não tem dúvidas de que o futebol português "regrediu muito". O presidente portista encontra uma explicação geral. "Sou do tempo em que as pessoas iam para as associações defender e melhorar o futebol e não faziam desses lugares trampolins para promoções pessoais", explicou numa longa entrevista à revista "Dragões" que hoje chegou às bancas. E depois fez um ataque mais específico a Fernando Gomes. "O futebol português vive num paradoxo: temos uma federação onde tudo é pago principescamente e, ao mesmo tempo, os clubes estão quase todos em pré-falência", começou por criticar, até chegar aos últimos anos da Liga. "Os clubes não recebem nada da Liga e dá-se o facto absurdo (que felizmente foi suspenso imediatamente por unanimidade) de a Liga, que tem um défice de milhões, ter de entregar à federação 50% de qualquer inscrição de jogadores", acusou.
"O dr. Fernando Gomes conseguiu excluir da administração e direção da Liga os clubes. A seguir, veio o dr. Mário Figueiredo e deu no que deu. A Liga está com um défice de seis milhões de euros e continuava a mandar as receitas para a Federação. Isto é um absurdo", reforçou. Tudo por causa dos tais "projetos pessoais", continuou a dizer. "Quando saiu do FC Porto, Fernando Gomes disse-me que ia descansar seis meses. Três meses depois era candidato à Liga e quando alterou os estatutos concorreu à Federação. Agora, está a pensar na UEFA", remata. O presidente da FPF foi entretanto, esta semana, eleito para a Comissão Executiva.