Investidor de Singapura, com ligações a informática e energias renováveis, interessado na SAD do Boavista
Negociação no Porto pela SAD do Boavista vinda de Singapura
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Alan Borges, brasileiro radicado em Portugal há 29 anos e CEO do grupo Pactu Business, assumiu ao JOGO estar a intermediar uma entrada em cena de um investidor de Singapura. O investidor tem o desejo de adquirir os 67, 67 por cento das ações detidas pelo fundo de Gérard López e assim resolver os agonizantes problemas de tesouraria dos axadrezados e os muitos constrangimentos conhecidos a nível financeiro, que obstam a qualquer ação de mercado nas últimas quatro janelas de transferências.
Apontando para conversações iniciadas há quatro semanas, este brasileiro, que se casou em Portugal, já teve licença de agente FIFA e foi notícia recente por uma doação de 50 mil euros ao Grupo Desportivo Cachão, da AF Bragança, garante que o investidor asiático está a caminho de Portugal, chegando esta semana ao Porto para um breve passeio turístico pelo Douro e Trás-os-Montes, esperando, depois, na Invicta, alegadamente, reunir com um representante do líder da SAD boavisteira, o hispano-luxemburguês, Gérard López. López, recorde-se, já assumiu vontade de vender o capital, por um desgaste grande dentro do universo axadrezado.
Depois do afastamento da Taça de Portugal e das ondas de contestação que vieram à tona, Alan Borges passa a esperança de um resgate financeiro, até por prometer um negócio que toma conta do passivo. "A Pactu Business tem feito um trabalho árduo no sentido de atrair investidores de Singapura para Portugal. E temos aqui alguém com interesses em turismo, culinária e desporto. Entusiasmou-se pela história e tradição do Boavista. As conversas avançaram há quatro semanas, houve um acordo num preço, as negociações caminham para chegarem a bom porto. Vamos falar com um representante do Gérard [López] aqui em Portugal e, consoante, o que aconteça, sentaremos à mesa já fora de Portugal", informa Alan Borges, garantindo uma forte implicação pessoal nesta negociação, como parceiro de um fundo que "já investiu num clube de Israel e outro do Brasil".
"Víamos um Boavista desacreditado e agora há um investidor muito interessado, que pode solucionar o presente atribulado. Para mim será uma satisfação enorme concluir este negócio, é uma forma de tentar retribuir o que Portugal fez por mim nestes 29 anos", partilha Alan Borges, licenciado em Portugal como gestor de fortunas e blindagem de património. Esquiva-se, todavia, a explicar contornos da operação. "Há um contrato de confidencialidade, mas falamos de alguém ligado à informática e energias renováveis. No cenário difícil em que se encontra o Boavista conseguimos ver a melhor solução a nível financeiro, pois comprando o passivo não se paga IVA", atesta este brasileiro, que garante ter chegado a Portugal envolvido em transferências de atletas. "Estive cinco anos na Madeira, trazendo jogadores para o Marítimo e Nacional".
Fogo de vista ou um verdadeiro caminho para a salvação, os adeptos da pantera aguardam os próximos capítulos destas prometidas diligências.