"Insubmissos" apresentaram ideias gerais da candidatura ao Conselho Superior do FC Porto
Candidatos estiveram na Casa do FC Porto de Espinho
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O movimento independente "Por um FC Porto Maior, Unido, Insubmisso e Eclético", candidato ao Conselho Superior do clube, esteve na Casa FC Porto de Espinho num convívio com adeptos locais a apresentar as linhas orientadores do seu programa. Miguel Brás da Cunha começou por o que já tinha sido o objetivo no mandanto anterior: a consagração dos estatutos. "Que o clube terá sempre o controle e o domínio da SAD, de forma prevista nos estatutos. Isto parece-me muito importante, é um modelo de clube que nós acreditamos, pelo qual nós lutamos, pelo qual nós nos batemos também no mandato anterior. Infelizmente, face ao ocorrido na Assembleia Geral de 13 de novembro não pôde ser concretizado, mas é um ponto que, para nós, é fundamental", referiu.
Quanto às ideiais gerias que a lista que encabeça defende, salientou a questão do eclectismo do clube. "Queremos ter equipas profissionais que ganhem, mas a nós parece-nos muito importante, como um fator de afirmação do Porto e do clube, e da ligação entre os sócios e os adeptos, que é o clube abrir -se à prática desportiva dos associados. E essa parece-nos ser uma maneira fundamental, não é só de afirmar o eclectismo, é de afirmar a grandeza do FC Porto. A abertura do clube, a que os sócios e os adeptos sejam mais participantes. Portanto, estando nos estádios a ver, e no Dragão Arena a ver, mas também praticando desporto no clube, que é uma maneira mais intensa de criar ligação ao clube, é ter usado uma vez a camisola do FC Porto", explicou.
Com três membros eleitos em 2020, este movimento espera, no mínimo, repetir a votação. "As eleições vão ser muito mais concorridas. O nosso objetivo é termos dentro do Conselho Superior presença que nos permita, no fundo, defender o FC Porto e defender os valores que nós acreditamos que o FC Porto deve ter. E este tema da união é mesmo muito importante. Não podemos ser um partido político com fações e oposições. Tem que haver união e isso nós queremos ter força para lutar por essa união."
Miguel Brás da Cunha falou ainda da polémica Assembleia Geral de 13 de novembro. "Estive presente na Assembleia e estive presente na apresentação de um projeto de estatutos, que foi um projeto fruto do trabalho do Conselho Superior como um todo. E não posso dizer outra coisa que não seja que tive com uma grande honra por apresentar esse projeto. Isso é um ponto. Segundo aspeto, aquela Assembleia Geral é um dia negro na história do clube. E, portanto, o que eu espero é que seja um dia que nunca mais se repita. A lição que se retirou daquela Assembleia foi a de que a diversidade de opiniões não pode nunca determinar reações violentas, seja física ou verbal, entre sócios. É inadmissível todo o clima que rodeou aquela Assembleia. É inadmissível. Que aquilo tenha sido um alerta para algo que nunca mais se pode repetir no clube. A verdade é que na Assembleia que teve lugar na semana seguinte, de dia 20, aquilo foi como de água para o vinho. O clube tem de ser assim, tem de ter Assembleias calmas, em que as pessoas possam expor as suas ideias, votar em sentidos diversos e, no final, ganhar a maioria.
Eu diria que apagar é impossível, mas, sobretudo, temos aprender com o que se passou. Eu seguramente aprendi, aprendi a humildade que se deve ter no respeito pela opinião dos sócios, que tem de ser soberana e seguramente todo o clube aprendeu, nomeadamente, como se deve organizar uma Assembleia para que ela seja verdadeiramente a expressão da vontade dos sócios. Isso é, de facto, uma missão. Acho que esquecer não, aprender sim, sempre", sublinhou.