Início do jogo nos Açores incomodou FC Porto: dragões alertaram para a integridade física
Portistas preferiam que Gustavo Correia não tivesse dado o apito inicial, o que colocou em causa a integridade física dos jogadores
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O FC Porto ficou bastante incomodado com o facto de do árbitro Gustavo Correia ter dado início ao encontro com o Santa Clara, na quarta-feira, quando as condições climatéricas e, sobretudo, as do relvado do estádio de São Miguel estavam muito longe de serem as ideais. Ao que O JOGO apurou, os responsáveis portistas consideram que o juiz foi insensível às chamadas de atenção e pedidos para que não desse ordem para o pontapé de saída, o que levou a que os os jogadores, de ambas as equipas, diga-se, tenham sido sujeitos a condições que colocavam em causa a sua integridade física.
A equipa portista cedo se queixou das más condições do relvado do Estádio São Miguel
Além disso, com o início e consequente interrupção aos 27 minutos, significa isto que um dos lugares nas meias-finais da Taça de Portugal vai, na prática, ser decidido, no final deste mês (com mais uma viagem aérea para os dragões) em apenas 63 minutos (mais prolongamento se assim for preciso), em vez de num jogo completo.
Logo no aquecimento, os jogadores do FC Porto perceberam não estarem reunidas as condições mínimas para o jogo se realizar. Vaga nas meias da Taça terá de ser discutida em apenas 63 minutos.
Ainda segundo o que o nosso jornal apurou, desde o aquecimento que os jogadores do FC Porto entenderam não estarem reunidas as condições mínimas para se disputar um jogo de futebol naquele tapete verde, mas completamente ensopado. E mesmo antes do início do encontro apelaram a que o apito inicial não soasse. Gustavo Correia ouviu, mas deu mesmo a ordem para que a bola rolasse. Ou tentasse rolar. A verdade é que rapidamente se percebeu que não era possível fazer passes rasteiros e que os duelos físicos seriam constantes, obrigando ao tal desgaste desnecessário que os portistas apontam o dedo.
As poças de água eram bem visíveis e nenhuma das equipas foi capaz de fazer dois passes seguidos. Aos 21 minutos, foi notório através da transmissão televisiva que os elementos presentes no banco do FC Porto, de Sérgio Conceição [que já tinha alertado para o estado do relvado na conferência de antevisão] a Luís Gonçalves, levantaram-se para solicitar a interrupção do encontro. O árbitro, Gustavo Correia, não acederia ao pedido nessa altura, mas acabaria por tomar a decisão passado seis minutos, fruto das renovadas queixas dos jogadores e do estado cada vez mais impraticável do terreno de jogo.
63 minutos - É o que resta para jogar do encontro com o Santa Clara, que vai definir o último semifinalista da Taça de Portugal. Jogo será reatado a 27 ou 28 de fevereiro
O resto é a história que se sabe. As equipas recolheram aos balneários, houve reuniões entre a equipa de arbitragem e os delegados de ambas as formações com a Federação Portuguesa de Futebol. Cumprindo com os regulamentos, Gustavo Correia voltou ao relvado ao fim de meia hora para uma inspeção que o levou a concluir aquilo que os portistas “reclamavam” há muito: não havia condições e o jogo foi interrompido de vez. Ficou acertado o que falta disputar para dia 27 ou 28 deste mês, quando o vencedor destes “quartos” já deveria estar a disputar a primeira mão das meias-finais. A comitiva azul e branca voltou ao continente, conforme o planeado, e na manhã de quinta-feira iniciou a preparação do encontro com o Arouca, de segunda-feira.