Época expressiva motivou primeiros contactos junto de pessoas mais próximas do técnico, também a par deste assédio. Informou, porém, nada querer ouvir até final da época. SAD está feliz com o compromisso
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A época expressiva que Rúben Amorim vai liderando no futebol do Sporting, onde a precoce eliminação europeia não impediu a conquista da Taça da Liga, e muito menos o avanço histórico para os velhos rivais no campeonato, está a chamar à atenção de todos... sem exceção.
Sabe O JOGO que nas últimas semanas, dois clubes da Premier League tentaram perceber junto de pessoas próximas ao treinador em que condições o podem levar no final da época, ouvindo a mesma resposta: além dos números que estão neste momento a proteger um dos protagonistas do leão 2020/21 - tem contrato até 2023 e cláusula de rescisão de 20 milhões de euros -, nem o próprio nem a SAD dão demasiada atenção aos referidos assédios, considerados normais face ao contexto.
Com 13 jogos da Liga NOS pela frente até meio de maio, o foco do timoneiro verde e branco está em proporcionar ao Sporting a reconquista de um título que foge desde 2002. Ao que foi possível apurar, o treinador, que não afasta, contudo, qualquer cenário, pediu às pessoas que trabalham consigo para não considerarem nada nesta altura, determinante para as contas finais do campeonato, que vai entrar no seu último terço. O compromisso de Amorim para com o Sporting tem, diga-se, sido total, envolvendo-se na transformação de um clube que na última temporada até ficou em quarto, já consigo ao comando, mas que lança fundações para um futuro sustentável, tendo a sua Academia como base; aliás, como o técnico já garantiu em algumas conferências de Imprensa, quer ficar em Alvalade "muito tempo", abordando sempre esse tal projeto a longo prazo, para o qual chegam jogadores contratados a cinco anos, como foi o caso de Paulinho ex-Braga, e aos quais se juntam uma vaga de miúdos promovidos em tempo de pandemia, do ala Nuno Mendes ao médio Matheus Nunes, chegando ao avançado Tiago Tomás.
Título dá revisão salarial
Com amplitude de movimentos na refundação do futebol do Sporting, Rúben Amorim gosta da liberdade que lhe foi dada pelo presidente Federico Varandas e pelo diretor desportivo Hugo Viana no capítulo estratégico, outro dos argumentos que sustentam a felicidade que sente por estar em Alvalade. Não obstante, a administração da SAD, apurou O JOGO, também quis, faz agora um ano, motivar Rúben com um contrato por objetivos e que no final da época lhe pode trazer um aumento salarial. Atualmente, o treinador aufere qualquer coisa como 2,7 M€ brutos por época, cifra que caso os leões se sagrem campeões subirá para perto dos 4 M€. À parte do salário, também está previsto um prémio apenas pela conquista do campeonato, superior aos 2 M€.
Completa uma volta ao sol
Quando o Sporting entrar em campo na sexta-feira (20h45) para defrontar o Santa Clara em duelo da 22.ª jornada do campeonato, ter-se-á completado uma volta ao sol desde que Rúben Amorim foi oficializado como treinador dos leões. A 5 de março de 2020, os verdes e brancos comunicaram à CMVM a contratação do treinador ao Braga pelo valor da cláusula, 10 M€, apresentando-o no mesmo dia, no Hall VIP do Estádio José Alvalade. O processo, liderado por Hugo Viana, amigo próximo de Amorim, foi relativamente célere, antecipando a estrutura do Sporting a integração do novo treinador ainda na última época para poder trabalhar a seguinte. Acenaram, por isso, com esse tal contrato por objetivos, onde também estão previstas verbas quer para a conquista de títulos internacionais, como a Liga Europa, quer para a qualificação para a fase de grupos da Liga dos Campeões, algo encarado em Alvalade como um passo fundamental para o crescimento do projeto, dada a vantagem financeira.
Neste momento, há um casamento perfeito entre as ideias de quem gere o clube o seu treinador, peça chave nesta liderança da Liga NOS.