Médio marcou pela terceira vez numa época em que Sérgio Conceição lhe confiou tarefas que visam o equilíbrio da equipa e que até o afastam um pouco mais da zona de finalização.
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Equilíbrio é uma palavra que define na perfeição a época de Uribe, não só porque Sérgio Conceição lhe pediu que o garantisse na estratégia do FC Porto, como o próprio admitiu a O JOGO em dezembro, mas também porque o colombiano conseguiu aliar a melhoria dos índices defensivos a um aumento do poder de fogo.
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A influência do médio nota-se de uma ponta à outra do campo e ficou, mais uma vez, bem evidente na deslocação à Madeira, onde foi um dos portistas com mais duelos defensivos ganhos (7) - os outros foram Manafá e Zaidu - e onde apontou um golo. No caso, o terceiro de uma temporada em que até aparece com menor frequência na área, em comparação com os registos estatísticos da anterior (em 2019/20 somava um toque na área por 90 minutos, agora "apenas" 0,8), mas em que se sente mais confortável para arriscar um pouco mais o remate (1,1 contra 0,8). Não admira, por isso, que tenha triplicado o número de golos em relação à última época e que esteja agora mais próximo da média que tinha (5,7) antes de chegar à Europa.
Se os golos e as assistências - soma uma - são os dados estatísticos que melhor explicam o impacto de um jogador no rendimento ofensivo, a influência deste no processo defensivo pode ser medido pela taxa de sucesso nos duelos, as interceções, as recuperações de bola, os alívios e mesmo as faltas. E também aqui Uribe apresenta números superiores aos da época anterior. Pelo menos na grande maioria. A exceção prende-se com a percentagem de duelos ofensivos ganhos (50,7%), que baixou sensivelmente oito por cento em relação a 2019/20, não obstante a média de despiques em que se envolve o colombiano seja exatamente a mesma (7,5). Nos demais parâmetros está acima do que na última campanha: soma mais interceções (5,1 contra 3,4), recuperações (8,7 contra 8), alívios (1 contra 0,8) e faltas (2,1 contra 1,8).
Colombiano triplicou o número de golos da última época e está mais próximo da média que levava antes de chegar à Europa (5,7). Em agosto, tinha prometido em O JOGO aumentar o nível e está a cumprir
Esta subida de rendimento não é mais do que o cumprimento de uma promessa que Uribe fez no final da época anterior em entrevista a O JOGO. O médio referiu que estava a "aprender e evoluir todos os dias" e assumiu que se sentia "preparado para elevar o nível" em 2020/21. Com um pouco mais de um terço da temporada ainda por disputar, resta perceber em que patamar terminará esta escalada.