Incêndios, provocações e até um desenho animado sobre toupeiras num dérbi quente

Com o Estádio José Alvalade repleto e uma onda de grande apoio à equipa da casa, o ambiente aqueceu quando ainda se cantava o "O mundo sabe que...". Do lado da Juventude Leonina, choveram tochas para o relvado e para a baliza defendida por Rui Patrício, que se afastou do local.

Com os bombeiros em ação, a partida foi interrompida e não faltaram provocações relacionadas com os casos de justiça que envolvem as águias. "Vieroni, o chefe da máfia lampiónica" ou "O pesadelo das toupeiras em Pombal" foram algumas das tarjas, mas não só: "E-toupeira, Lex, emails, vouchers, porta 18. Grandes títulos de corrupção". No final, nos ecrãs de Alvalade foi mesmo exibido um desenho animado sobre toupeiras, numa alusão ao caso em que Paulo Gonçalves é arguido. Num clima de guerrilha, foi durante o dérbi que o Benfica anunciou que avança com um processo judicial contra Nuno Saraiva, dada a publicação do diretor de comunicação do Sporting no Facebook em que este apontou "uma dívida de um bilião [de euros]" de Luís Filipe Vieira, suas empresas e do Benfica à banca. Na zona mista, o presidente encarnado limitou-se a dizer: "Com tantas câmaras, faziam falta era ao videoárbitro." Já na conta do Twitter para a Imprensa, as águias foram contundentes. "Jogo sujo. Campeonato sujo. Uma arbitragem que envergonha o futebol: penáltis e faltas perdoados, culminando numa falta inventada para anular o golo limpo de Raúl. E porque é que o VAR Hugo Miguel, tal como na Luz, não vê os lances? Como será a última jornada?", questionaram.

Num desafio marcado pela intervenção policial no estádio para impedir confrontos entre adeptos, nota para um mini-incêndio no local onde estavam os adeptos encarnados (os leões também queimaram uma bandeira dos No Name Boys durante o jogo).