Dragões tiveram sete más decisões contra que deviam ter sido corrigidas pelo videoárbitro, de acordo com o Tribunal O JOGO.
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O FC Porto deixou dois pontos em Moreira de Cónegos em mais um jogo cheio de casos de arbitragem. À margem do golo anulado a Waris no último lance da partida - bem decidido por Luís Ferreira, de acordo com a opinião dos especialistas d"O JOGO - ficou um lance aos 66" em que Jhonathan, guarda-redes do Moreirense, carregou Felipe dentro da área. Jorge Coroado, José Leirós e Fortunato Azevedo, que compõem o painel de especialistas do nosso jornal, foram unânimes em considerar que o FC Porto foi prejudicado nesse lance e que devia ter havido a intervenção do videoárbitro. Sérgio Conceição concordou e, no final da partida, não escondeu a irritação. "O penálti sobre o Felipe é um lance de VAR. Depois, até podem decidir que não é penálti, mas não haver essa preocupação de ver as imagens... Mas porquê? Todos temos de assumir as responsabilidades, eu assumo as minhas perante os adeptos. Os árbitros? Se virem as imagens vão ter de decidir, é isso?", questionou.
Este foi apenas o último de 10 exemplos em que o VAR não foi consultado ou não tomou a iniciativa de aconselhar o chefe de equipa em lances que terminaram com más decisões em jogos do FC Porto. E destas, sete foram contra os dragões e apenas três a favor. O JOGO fez as contas a todos estes lances (apenas foram considerados aqueles que receberam unanimidade do nosso Tribunal e em que as decisões foram erradas e sem intervenção do VAR) nos jogos dos três grandes e apresenta o resumo, que pode ser consultado aqui ao lado. Em termos globais, foi nos jogos do Benfica que houve mais lances em que o VAR devia ter sido chamado a atuar (12) para reverter más decisões, sendo que os encarnados foram beneficiados em sete desses casos. O Sporting é o que tem menos situações (4) com equilíbrio no deve e haver.
Sérgio Conceição questionou a inação do VAR em Moreira de Cónegos. "Se virem as imagens, vão ter de decidir, é isso?", atirou
Olhando para os 10 casos dos jogos do FC Porto, há um prejuízo direto no encontro com o Moreirense, nos outros jogos a equipa de Sérgio Conceição acabou por vencer apesar das más decisões da arbitragem. Assim como derrotou o Belenenses por 2-0 num encontro em que Felipe, na opinião do Tribunal O JOGO cometeu duas grandes penalidades quando o jogo ainda estava em branco. Nos outros jogos em que perdeu pontos no campeonato só em Alvalade não houve queixas. Porém, nos lances com o Aves e o Benfica houve intervenção do VAR (um penálti em cada um desses jogos) que confirmou, ainda que erradamente, a perceção do árbitro.
No Benfica, das oito decisões que o beneficiaram, há quatro que aconteceram com os jogos empatados ou com a diferença mínima. Nesta jornada, por exemplo, ficou um penálti por assinalar por falta de André Almeida que poderia dar o 2-0 aos donos da casa, três minutos antes de Jonas conseguir o empate no último lance do jogo. Com prejuízo direto apenas a mão de Coentrão na área no clássico que terminou empatado com o Sporting.
Esse foi, naturalmente, um jogo em que os leões saíram beneficiados. Com o Braga (2-2) há duas decisões erradas que careciam de intervenção do VAR, uma para cada lado, sendo que a que foi a favor do Sporting foi mais decisiva por acontecer aos 90+5" e ter dado o golo do empate.
Só uma decisão foi revertida e logo a abrir
O VAR foi chamado a intervir - ou tomou essa iniciativa - em nove lances de jogos do FC Porto, sendo que em oito deles confirmou a decisão inicial dos árbitros e apenas num a reverteu: foi no 4-0 assinado por Marcano ao Estoril, logo na ronda inaugural. Porém, das outras sete vezes em que foi consultado em duas confirmou mal as decisões, de acordo com o Tribunal O JOGO: no clássico com o Benfica não considerou mão de Luisão na área e na Vila das Aves deixou passar uma falta sobre Danilo já nos descontos. Em ambos os jogos, o FC Porto perdeu pontos.