Vitinha causa impacto no ataque: FC Porto cresce em remates, golos e duelos ofensivos
Com Vitinha a titular na Liga Bwin, o FC Porto cresce na média de remates, golos e duelos ofensivos, sem sequer atacar mais vezes. Médio também sobressai na eficácia de passe
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Vitinha foi o último dos médios a chegar à titularidade, mas tornou-se indiscutível e está a deixar uma marca bem visível na produção ofensiva do FC Porto.
Os dragões têm roçado a perfeição no campeonato, mas parecem ganhar alguma objetividade nas investidas à baliza contrária. No domingo, o jovem não terá Uribe ao lado pela primeira vez
O desempenho dos dragões no campeonato tem roçado a perfeição, com 17 vitórias e dois empates, porém, com o camisola 20 em campo, a equipa parece tornar-se mais objetiva e incisiva no ataque à baliza. Ainda que, naturalmente, não seja tudo responsabilidade de Vítor Ferreira, a comparação produz dados claros.
Em médias por 90 minutos, os disparos aumentam de 13,7 para 17,8, a média de golos sobe de 2 para 3 e a eficácia nos duelos ofensivos passa dos 39 para os 45 por cento. Tudo isto, curiosamente, sem um crescimento correspondente no número de ataques, antes pelo contrário, até ficam ligeiramente abaixo na versão com Vitinha: 37,3 contra 34,3. Menos investidas, mas mais consequentes.
O internacional sub-21 fixou-se no onze de forma definitiva no início de dezembro, um mês que lhe trouxe os golos (frente a Portimonense e Benfica) e o prémio de melhor jogador jovem da Liga Bwin. Além disso, deu-se a coincidência com o início de uma fase coletiva demolidora: 27 disparos certeiros nos últimos dez encontros.
Matheus Uribe, intocável desde o primeiro momento, foi sempre o companheiro no pivô do meio-campo e a receção ao Marítimo, no domingo, dará um novo parceiro a Vitinha, presumivelmente Marko Grujic. Neste processo de afirmação, o português já é o terceiro jogador da Liga Bwin mais bem sucedido (90,5%) nos passes progressivos (entregas que deixam a equipa, no mínimo, 30 metros mais próxima da baliza) e o segundo (90,6%) nas distribuições para o último terço.