Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça sublinha que o acesso ao sistema informático CITIUS é restrito e limitado.
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O Instituto de Gestão Financeira da Justiça garantiu esta quinta-feira que tem cooperado com o Ministério Público e a Polícia Judiciária na investigação do caso e-Toupeira e sublinhou que o acesso ao sistema informático CITIUS é restrito e limitado.
Em comunicado, um dia depois de um dos seus funcionários ter ficado em prisão preventiva no âmbito da investigação que envolve também o assessor jurídico do Benfica, Paulo Gonçalves, o Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ) diz que tem cooperado, desde outubro, na investigação dos factos que "permitiram sustentar a suspeita de elementos integradores da prática de ilícitos criminais".
O IGFEJ, responsável pelo sistema informático da justiça CITIUS, recorda que aplicou "um conjunto de medidas que permitem melhor identificar o acesso aos processos judiciais que se encontram em tribunal e que são tramitados através deste sistema". "As medidas de segurança permitem a identificação de potenciais situações de utilização fraudulenta e de usurpação de identidade", recorda o instituto, sublinhando que "o acesso à informação que consta do CITIUS é restrito e limitado, com níveis de permissão diferenciados". Diz ainda que o sistema é seguro "contra intromissão externa" e que dispõe de "registos de auditoria interna".
"O acesso aos processos judiciais que são tramitados através do CITIUS obedece a regras estritas em que apenas os oficiais de justiça da secção do processo, as partes (quando existam) e os respetivos magistrados poderão ter acesso", recorda.
Ainda assim, acrescenta, "quando configurado pelo magistrado esse acesso pode ser restrito aos oficiais de justiça indicados pelo magistrado titular do processo".
Explica igualmente que o apoio local à utilização do sistema "é assegurado por oficiais de justiça que integram as equipas informáticas do IGFEJ" e garante que "não existem entidades externas ao sistema judicial com permissão ou credenciais de acesso".
"O CITIUS está dotado de mecanismos de segurança que permitem a identificação de potenciais situações de abuso ou fraude, como demonstra a presente investigação", insiste.