"Ida de Álvaro Pacheco para Guimarães foi a ideal e um prémio depois das injustiças no Vizela e Estoril"
Entrada triunfal de Álvaro Pacheco medida por jogadores que ficaram amigos. Vasco Viana destaca os laços ganhos, Diogo Ribeiro a busca de rendimento; Reparam-se as “injustiças” de Vizela e Estoril e Álvaro Pacheco voltou ao ativo num clube à sua imagem.
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Álvaro Pacheco entrou a ganhar em Guimarães, fazendo-o com autoridade e fora de portas, reforçando suspiros europeus. Herói em Vizela em várias subidas e pelo cunho de jogo entretido deixado, inclusive na Liga, até para desgosto de adeptos do Vitória em confrontos diretos, o treinador já aspira outra viagem de sonho ao nível de resultados e afetos, já que o casamento com os conquistadores é, na visão de quem bem o conhece, uma ligação quase imbatível.
Vasco Viana, guarda-redes que estava no Lixa em 2011/12, quando o técnico se fez rosto principal no banco, não tem dúvidas do destino acertado. “A ida para Guimarães foi a ideal e era um objetivo declarado. Foi premiado depois das injustiças no Vizela e Estoril. Está numa cidade que respira só pelo Vitória e com adeptos apaixonados. O sucesso parece estar à vista, podemos ver a ligação que já existe em poucos dias de trabalho”, justifica o ex-guarda-redes. “Consegue motivar como ninguém todos aqueles que estão envolvidos no projeto. A simpatia que têm por ele é fácil de explicar, é amigo dos jogadores, nem que seja para algum problema familiar. Ele vai ter uma palavra de apoio e vai ajudar se for preciso. É frontal e leal”, documenta Vasco Viana, agora emigrado na Suíça, vendo já Álvaro Pacheco ganhar o plantel. “Se erra diz-te na cara o que tens de melhorar; se fazes um jogo bom vai-te abraçar. Este abraço ao Bruno Varela foi exemplo disso! Deu-me muitos, mas também se zangou algumas vezes”, brinca.
Os três golos marcados em Famalicão coroaram também uma equipa mais atrevida. Diogo Ribeiro, goleador do Vizela nas duas primeiras épocas de Álvaro Pacheco, curva-se à influência que é capaz de ter no êxito dos avançados. “Vai fazê-los acreditar que podem marcar em todos os jogos, tirando a pressão dos golos. O foco será a tarefa para cada ação do jogo! Os avançados têm para ele um papel fundamental no trabalho da equipa”, argumenta Diogo Ribeiro, agora no Dumiense, de Braga. “Está no contexto certo para a sua filosofia, pela sua paixão, alma e caráter, que casam muito bem com o que é ser Vitória! É fortíssimo na parte técnica e tática do jogo, mas é na parte mental que ele tira o máximo partido dos jogadores!”, elucida o avançado, juntando a sua certeza. “Com respeito por todos os treinadores, o Álvaro foi o que teve a maior influência na minha carreira. Está sempre focado em soluções, não dá hipótese ao jogadores de darem desculpas. A exigência é muito forte no treino, não dá para facilitar um único segundo com ele. É o segredo dele! Andamento, como ele está sempre a dizer!”, resume Diogo Ribeiro.
Godinho prevê ligação perfeita
Diogo Godinho foi presidente da SAD do Vizela, responsável pela chegada de Álvaro Pacheco em 2019/20 e intermediário na ligação do técnico ao Vitória, conhecedor profundo dos méritos do famoso míster da boina. “É um projeto à sua medida. Um clube grande para um homem com garra, ambição e capacidade de união gigante. Vai precisar de tempo, lida com um plantel construído à imagem do Moreno. Entrando numa série de bons resultados, vai levar tudo de arrasto com a sua vontade de vencer, criando sintonia forte com a cidade”.