Na antevisão do jogo este sábado, no Estádio de São Luís, com o Farense, para a antepenúltima jornada da I Liga, o treinador do Famalicão elogiou "a campanha extremamente positiva" da equipa de sub-23 que deixou escapar o título, para o Torreense, na última jornada da Liga Revelação
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Eram 8h30 da manhã desta sexta-feira quando Hugo Oliveira, treinador do Famalicão, surgiu na sala de imprensa da Academia do FC Famalicão, na freguesia de Esmeriz, para fazer a antevisão do jogo deste sábado, em Faro, contra o Farense, para a antepenúltima jornada desta edição da I Liga.
“Vamos lutar pelos três pontos com a nossa forma de estar habitual e muito fiéis ao que acreditamos que é o jogo através do poder da bola e das nossas ideias”, começou por dizer o técnico de 45 anos natural das Termas de S. Vicente (Penafiel). “Sabemos que vai ser um jogo extremamente complicado, cada vez mais decisivo para o nosso adversário, porque caminhamos para o final do campeonato e as decisões estão aí à porta. Cada dia que passa, fica mais curto o espaço para essas decisões e todas as equipas lutam pelos pontos. Certamente, vai ser um jogo extremamente competitivo, num estádio que, por tradição, é sempre muito difícil para o Famalicão”, acrescentou.
Em sétimo lugar, com 44 pontos, menos seis do que o sexto (Santa Clara), e mais dois do que o oitavo (Estoril) e mais três do que o nono (Casa Pia), Hugo Oliveira sublinhou a natural ambição de obter o nono triunfo no 19º jogo ao comando da formação minhota: “A vitória está sempre no nosso horizonte, mas vivemos muito além daquilo que é o resultado quantitativo. Vivemos também muito agregados à consciência do trabalho bem ou mal feito perante as nossas ideias. E apesar dos dois últimos resultados não terem sido a vitória, a verdade é que tirámos ilações muito positivas dos jogos, nomeadamente deste último [empate em casa com o Braga]. O mais importante é perceber que já é algo emocionalmente muito estável, dentro de nós e também nos nossos adeptos e em toda a estrutura, o sentimento do que é ou não um bom momento, mesmo quando não, quantitativamente, conseguimos um bom resultado”, defendeu.
O sistema adotado desde que assumiu a liderança da equipa, em meados de dezembro do ano passado, está consolidado, apesar das alterações no onze, por exemplo, na receção ao Braga. “Como treinador deixa-me satisfeito, mas não me surpreende. É demonstrativo do que é uma ideia de jogo bem vincada e trabalhada diariamente. Isso faz com que, trocando peças, as respostas sejam semelhantes e os caminhos sejam os mesmos. Acredito que para os adversários já seja fácil identificar a forma de jogar do Famalicão. O que espero é que seja difícil parar a nossa equipa. Temos ainda muito para fazer, não só enquanto equipa, mas também enquanto clube, mas sabemos para onde queremos ir”, apontou.
Sobre a possibilidade de terminar em sexto lugar - ainda vai defrontar o Santa Clara -, referiu: “Na cabeça só temos o Farense, é assim que tem sido desde que cá cheguei, e é assim que tem de ser. Não adianta nada estarmos a pensar à frente se não vencermos o caminho que está à porta”, salientou, antes da ida para o Algarve, onde, no Estádio de São Luís, defronta, este sábado, o Farense (15h30, Sport TV 2), com arbitragem de André Narciso, da AF Setúbal.
O treinador do Famalicão abordou ainda “a caminhada extremamente positiva” dos sub-23 que, na última jornada da Liga Revelação, deixaram escapar a conquista do título para o Torreense, com quem empataram (1-1), em casa. “Uma das minhas costelas favoritas é a paixão que tenho pela formação, é assim desde o início da minha carreira. Desde que cheguei aqui, a porta está completamente escancarada em relação aos passos da academia à equipa principal do clube. São muitos atletas que diariamente trabalham com a equipa principal: sub-23, sub-19 e sub-17. Não é pelo facto de não terem sido campeões nacionais na última jornada que lhes retira o mérito ao que fizeram. Mais importante do que o resultado quantitativo é o processo formativo”, finalizou.