Treinador do Famalicão considera que um triunfo diante do Estrela da Amadora será conseguido "fruto do trabalho, da resiliência, da paciência e da perseverança"
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Hugo Oliveira vai tentar, no sexto jogo à frente do Famalicão, a primeira vitória, depois de dois empates e três derrotas. O treinador da equipa minhota mostrou-se confiante na concretização desse objetivo na receção, este sábado, ao Estrela da Amadora.
O Famalicão já não vence desde novembro. O jogo com o Benfica foi um passo atrás?
“O passo é o passo do trabalho. O passo de um dia a dia sempre sério, um dia a dia rigoroso e um dia a dia de desenvolvimento da ideia de jogo e de fazer os jogadores serem melhores. E a equipa ser melhor para encarar o próximo jogo com esse objetivo que é ganhar, que é para trazer um sorriso aos nossos adeptos e também um sorriso a este grupo de trabalho, porque esse é o caminho. É o caminho para ganhar confiança. Sabemos que no futebol é mais fácil que ela chegue ganhando, mas essa vitória vai chegar fruto do nosso trabalho. A vitória não vai cair do céu. Só vai cair fruto do trabalho, da resiliência, da paciência e da perseverança. E isso tem que ser no dia a dia e é isso que nós fizemos numa semana que foi positiva em todos os treinos, em toda a convivência do grupo de trabalho e que tem de culminar da maneira que queremos, dando um sorriso aos nossos adeptos."
O Estrela perdeu um jogador nuclear da equipa.
“Neste momento, e se olharmos um bocadinho para aquilo que é o perfil das equipas portuguesas, dos clubes portugueses, sabemos que o mercado está aberto sempre em entradas e saídas. Não acho que existam clubes mais beneficiados ou prejudicados porque estamos todos a jogar este mesmo campeonato, que é um campeonato aberto ao mercado. Aconteceu com eles, aconteceu connosco. O mercado ainda está aberto, mas isso não é o importante para nós. O importante é focar em quem está cá, certamente como o Estrela está a fazer. Aqueles que estão disponíveis vão certamente chegar aqui com uma ideia bem diferente daquilo que querem fazer e com um plano bem definido. Nós também vamos chegar ao jogo focados nos jogadores que temos e na equipa e com a crença de que vamos sair vitoriosos.
Qual a receita para este jogo?
“Temos acima de tudo de ter aprendido com a experiência que tivemos nos últimos jogos. O Estrela é uma equipa muito pressionante, com jogadores experientes e agressivos naquilo que é a essência do jogo, não só defensivo, mas também ofensivo. Vamos ter um jogo extremamente competitivo. Obviamente que sabemos que as equipas quando jogam aqui em nossa casa se protegem mais um pouco, que se defendem mais um pouco, mas temos de encontrar o espaço para depois sermos extremamente objetivos e para trazermos uma agressividade ao nosso jogo que é precisa para esses jogos, quer no momento ofensivo, quer no momento defensivo. E esse é o caminho que temos de fazer e que temos que ter aprendido com os jogos que tivemos. E isso é que é evolução. Enquanto treinador, enquanto líder deste grupo de trabalho, assumo a responsabilidade de dizer que é isso que quero para amanhã e é isso que espero do nosso grupo de trabalho.
Como é que o treinador consegue blindar o grupo para que os jogadores se abstraiam de todas as notícias de mercado ?
“Não acho que seja mais difícil. É uma realidade do mundo atual, do futebol atual e da realidade dos clubes portugueses. Por isso, vivemos um dia-a -dia completamente normal, porque estamos focados naquilo que temos e acreditamos. E acreditamos todos no mesmo. Este clube sabe por onde quer ir, esta equipa técnica sabe em que projeto está, este grupo de trabalho enquanto jogadores também sabe aquilo que tem de dar. Temos de querer chegar ao fim com um sorriso nos lábios, porque merecemos todos e queremos dar acima de tudo essa vitória aos nossos adeptos."
Pode analisar as entradas para o plantel de Pedro Bondo, Simon Elisor e de Václav Sejk, este último foi utilizado na Luz?
“O Pedro Bondo chega numa posição em que só tínhamos um jogador de raiz, chega de um campeonato diferente, mais distante, mas com uma experiência também já em Portugal, no Sporting B. E acreditamos que possa vir a ser importante também para o futuro do clube. Ele, o Václav [Sejk] e o Elison estão num processo de adaptação às ideias da equipa e que eu acredito que todos eles vão ser importantes."