Miguel Ribeiro, presidente da SAD do Famalicão, na apresentação de Hugo Oliveira como treinador principal
Corpo do artigo
O contrato: "Hugo Oliveira estará connosco pelo menos uma época e meia, que é assim a duração do contrato. Desde já, desejamos boa sorte e estamos muito felizes e com expectativas altas."
O porquê da aposta em Hugo Oliveira, que nunca foi treinador principal: "A sua experiência internacional e, principalmente, a sua competência. Conheço bem, atesto-a e estou firme que é o homem certo para o lugar certo e para o desafio que o Famalicão tem pela frente. Um desafio muito assistente no jogo e no jogador, como já o disse várias vezes. Um desafio que também faz parte de um conceito e contexto do Famalicão 2.0 em que queremos, claramente, incidir sobre o nosso jogo e sobre os nossos jogadores. E um treinador da qualidade dele, com a experiência e o background dele apesar de ser a primeira experiência como treinador principal, sendo um homem inteligente como é e tendo tantos anos com o Carlos Queiroz, com o Jorge Jesus, com o Marco Silva, percebendo e conhecendo bem o que é o Famalicão e o que pretendemos, entendemos que faz todo o sentido, neste momento em que estamos a olhar para a frente e para tomar uma decisão para o corpo técnico para os meses ou anos vindouros, este perfil de treinador. Um perfil de treinador competente, com know-how internacional e com maturidade e experiência com jogadores de alto nível o que, para nós, serve como uma referência grande porque é essa a baliza que pretendemos. Pretendemos ter jogadores daquele patamar onde o Hugo até hoje viveu, pretendemos ter um jogo daquele patamar onde até hoje o Hugo viveu e o nosso perfil não foi desenhado com o nome Hugo, mas foi desenhado um fato e, felizmente, foi um fato que estava à medida do Hugo Oliveira. Também quero deixar agradecimento ao Fulham e ao Marco Silva porque, de facto, para nós esta foi a primeira escolha, a primeira e última escolha é sempre um motivo de grande satisfação. Por isso, deixo esta palavra ao Fulham porque o Oliveira tinha contrato ainda de dois anos e meio. Perceberam a visão que o Famalicão tinha para um profissional que era quadro do Fulham perceberam que a visão e a confiança que o Famalicão tinha para este treinador era séria e a sério. Conhece o contexto do Famalicão, às vezes, agressivo e hostil para treinadores. Ele está preparado, sabe que a filosofia e a visão que nos norteia e a filosofia assenta cada vez mais no jogo e no jogador e queremos cada vez mais cuidar do nosso jogo queremos um jogo que ele deverá trabalhar para ser um jogo positivo, um jogo ofensivo um jogo em que faça valorizar também os nossos jogadores. Sair da Premier League para a Liga portuguesa atesta e revela que o Oliveira quis tanto como nós."
Terceiro treinador neste ano civil: "É verdade, também já estamos em dezembro. Explica um pouco o que foi o nosso caminho e de facto uma equipa que está na Primeira Liga e conseguiu, pense numa escada... nós conseguimos chegar ao primeiro degrau da escada com alguma facilidade, estabilizamos apesar de haver sempre algum ruído à volta do Famalicão e agora precisamos de mais, precisamos de dar um salto maior e agora é a fase de chegarmos ao segundo degrau e de facto estamos com algumas dificuldades para chegar a esse degrau. Há várias explicações, alguma falta eventualmente de maturidade em todo o processo, de base, o que leva a muitas trocas de jogadores muitas vezes os treinadores pagam pouca fatura do que é a dimensão e a rotação do Famalicão e faço mea culpa. Nós não vamos parar até conseguirmos o que queremos. Acredito que os treinadores pagam a fatura do que é este caminho de crescimento até atingirmos uma estabilidade desportiva que acredito que seja com Hugo Oliveira este caminho será trilhado assim."
O perfil para a equipa técnica: "O perfil da equipa técnica tem muita imagem do perfil do nosso treinador do nosso treinador principal, precisávamos de uma equipa técnica que tivesse essa incidência, essa experiência. Temos o Marco Pedroso na observação e análise, o professor Gil que fará metodologia de treino, o professor Pedro Abreu na performance física, o professor Miguel Miranda na área do treino de guarda-redes e estamos com uma equipa técnica que ainda terá mais um último elemento. E transita o Ricardo da anterior equipa técnica."
O peso do novo treinador relativamente àquilo que acontece na formação designadamente os sub-23 e sub-19: "O peso será sempre o peso de ser o treinador principal da equipa A. Os sub-19 e os sub-23 são uma ótima base de recrutamento, claro que são. E o Famalicão é um bom exemplo disso. É óbvio que o treinador da equipa A terá sempre uma autoridade sobre todo o processo desportivo, futebolístico do clube. Cada vez vamos apostar mais nos sub-19 e nos sub-23. O exemplo do Otávio que está no FC Porto a jogar. Gosto me daria ter um jogador com 3 ou 4 anos de Famalicão como por exemplo foi o Luís Júnior e isso é um dos desafios."