Declarações de Lukas Hornicek, guarda-redes do Braga, no podcast "Pod Next"
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Quer lembrar como chegou a Braga?
"Vim com 16 anos, na semana que assinei já tinha 17. Na altura acho que começou tudo num jogo de sub-17 em Espanha contra a Suécia. Um diretor da Chéquia falou comigo que uma pessoa de Braga perguntara por mim. Inicialmente veio por outro jogador mas gostou de mim. Passado três meses, seguiu forte o interesse, continuaram a falar comigo, ficou tudo em aberto para depois do Europeu sub-17. Eu vi esse esforço do Braga, que me queriam muito, e achei que era o caminho certo. Depois também soube dos interesses do Sparta de Praga, do Nápoles, do Valência mas optei pelo Braga."
E esse pé grande fez aumentar o calçado desde que chegaste a Braga?
"Não, é o mesmo, já calço 46 desde essa altura. É curioso que tenho o Víctor Gómez como colega, que é muito baixo, mas calça 45."
Foi fácil sair para tão longe, tão novo, ficar distante do habitat familiar?
"Fiquei dois meses num hotel, passava o tempo na academia, depois comecei a conhecer a cidade com alguns colegas. Acho que sobre a distância e o risco que assumi só refleti nisso há um ano, bateu-me essa coisa e não compreendi como não pensei tanto na altura. Hoje acho que tomei uma grande decisão, realmente corajosa."
Foi fácil sair para tão longe, tão novo, ficar distante do habitat familiar?
"Fiquei dois meses num hotel, passava o tempo na academia, depois comecei a conhecer a cidade com alguns colegas. Acho que sobre a distância e o risco que assumi só refleti nisso há um ano, bateu-me essa coisa e não compreendi como não pensei tanto na altura. Hoje acho que tomei uma grande decisão, realmente corajosa."
A exigência do Braga, vives bem com ela?
"Estás num grande clube que te obriga sempre a ganhar o jogo. O jogador tem de se habituar a essa responsabilidade e esse tipo de patamares. Não podes pensar muito no jogo, no que podes fazer ou pensar como será se falhares. Apenas deves levar para o jogo o trabalho feito durante a semana."
Inspiração de Eduardo, Tiago Sá e Matheus na sua evolução nestes anos?
"Ao Eduardo fui buscar a alegria do jogo, tem sempre um sorriso rasgado. Ao Tiago o trabalho, o compromisso de alguém que está cá há tanto tempo sem o reconhecimento de jogar. Ao Matheus alguma tranquilidade, essa personalidade serena dentro e fora do campo. Sei que ele também precisou de algum tempo até ser opção regular. Assim sei que ainda posso mudar ou melhorar algumas coisas e alguns hábitos."
Voltou a falar com Matheus desde que ele saiu para o Ajax?
"Desejei-lhe tudo do melhor, foi um prazer. Gosto de ver que está a fazer bons jogos com muitos zeros na sua baliza."