Brilhante em Faro, guarda-redes checo vai logrando estímulos no seu domínio da baliza dos minhotos, colecionando já sete jogos, dos nove feitos, sem sofrer golos na liga
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Numa afirmação madura, abalada apenas na derrota em Vila do Conde, por 2-1, Hornicek tem revelado eficácia incontestável na baliza dos guerreiros, agarrando sem mácula maior o lugar de Matheus, até porque o Braga tem sido vitorioso desde a mudança feita. Entrou na luta pelo terceiro lugar e tem saboreado registo valiosíssimo de “clean sheets” (ou seja, jogos de folha limpa, sem golos sofridos). Só para a liga tem sete jogos em nove.
O triunfo obtido em Faro voltou a assentar num guarda-redes fiável, desviando o perigo e as intenções algarvias sem precisar de ser espalhafatoso; com estilo frio e discreto, prolongou o estado de graça da equipa e também o seu, até porque resistira na jornada anterior ao fogo do Dragão. As defesas a remates de Rony Lopes e Elvis Baldé foram momentos de proa da sua magnitude exibicional, ganhando confiança e estofo e vendendo garantias aos companheiros.
Muito mais limado desde que passou a jogar com frequência, sem aqueles descuidos muito mais ligados à falta de ritmo de ação, Hornicek deslocou-se para os trabalhos dos sub-21 da Chéquia mais inspirado do que nunca e numa condição dominante que nunca tivera, desde que trocou o modesto Pardubice pelo Braga quando tinha apenas 17 anos, aceitando, então, o repto de se moldar e engrandecer numa academia que foi ampliando prestígio na Europa.
Hornicek, gigante de quase dois metros, fisicamente autoritário, é já muito respeitado pelos colegas, tendo também à sua volta outros alicerces que vieram, tal como ele, da formação dos minhotos, casos de Chissumba, Noro, Gorby ou Roger. Ou diamantes mais recentes com chamada à montra como Diego Rodrigues, Afonso Patrão ou Rúben Furtado. Com contrato até 2028, o futuro do guarda-redes checo espera-se próspero, capaz de abrir ainda outras rotas. A seleção A da Chéquia passou a estar em mira.