Treinador do FC Porto salienta que a experiência adquirida como jogador é importante para uma carreira como técnico principal.
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Sérgio Conceição recorda uma faceta curiosa que foi desenvolvendo enquanto jogador e que, mais tarde, acabaria por evoluir até se tornar fulcral para, passar do relvado para o banco de suplentes, como treinador.
Em entrevista ao site da UEFA, o técnico do FC Porto salientou também que a experiência adquirida ao longo dos muitos anos de carreira como futebolista acaba por ser "importante" para perceber o funcionamento de um balneário, mas salienta que "é preciso muito mais".
"Sempre tive uma paixão enorme pelo jogo. Enquanto jogador, sempre fui muito cumpridor daquilo que me era pedido dentro de campo. Lembro-me de encaixar como uma luva no futebol italiano precisamente por isso, por seguir à risca o que o treinador me pedia, apesar de por vezes eu não gostar muito. Já então tentava perceber o porquê de ter de cumprir certas tarefas englobadas no modelo de jogo que o treinador pretendia implementar. Eu era curioso, mas sem nunca aprofundar nada", começou por relatar Conceição, prosseguindo:
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"Hoje em dia parece que está na moda ser treinador. É importante a experiência de balneário, a capacidade de olhar para os jogadores e captar alguns sinais mesmo quando eles não o exprimem por palavras. Esse conhecimento adquirido dentro do balneário é importante, mas é preciso muito mais do que isso para se ser um treinador. Hoje em dia o papel de um treinador evoluiu de tal maneira que é impossível apenas agarrar-se nessa experiência enquanto jogador. É preciso estudar muito e perceber que ser treinador é muito mais do que meramente organizar uma unidade de treino", acrescentou Sérgio, que reflete sobre as dificuldades de lidar com tudo o que, atualmente, envolve um jogador profissional.
"Não é fácil, até porque as coisas mudaram muito nos últimos anos. Os jogadores têm mais pessoas a acompanhá-los. Têm a sua família, os seus empresários e depois também há esta nova moda das redes sociais. Por vezes é complicado gerir esse tipo de situações. Já disse várias vezes que o mais difícil é manter 25 jogadores motivados e concentrados para que quando sejam chamados respondam à altura. Penso que temos feito um bom trabalho nesse sentido", rematou.
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