O candidato à presidência do Benfica, João Noronha Lopes, votou contra o relatório e contas e anunciou "o fim de um ciclo"
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João Noronha Lopes, candidato à presidência do Benfica, disse esta sexta-feira, depois de revelar que votou contra o relatório e contas em apreciação na assembleia geral (AG), que, com ele na liderança, o clube iniciará uma era de "transparência".
Em declarações aos jornalistas depois de exercer o seu direito de voto, Noronha Lopes apontou falhas ao relatório e contas dos "encarnados' e revelou que as respostas que lhe chegaram da mesa da AG às questões que levantou não o satisfizeram.
"Dirigi uma série de questões à mesa da AG sobre o relatório e contas e as respostas que foram dadas não me satisfizeram, nomeadamente porque falta informação sobre as sociedades participadas pelo clube, sobre as quais se sabe muito pouco. Em consciência não podia aprovar este relatório e contas, e por isso votei contra", revelou o candidato, acrescentando que "a falta de informação neste relatório é transversal ao que acontece com a SAD".
Depois de defender que o Benfica precisa de "mais transparência", e que essa é uma das razões da sua candidatura à presidência do clube, Noronha Lopes mostrou confiança de que será o próximo presidente das águias.
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"É importante que os sócios votem hoje e venham votar nas próximas eleições para a presidência do Benfica. Hoje é um dia histórico porque é o fim de um ciclo, pois na próxima vez que estivermos aqui a votar será para escolher o presidente do Benfica, e a minha convicção é de que serei eu, para iniciar uma nova era de futuro, de sonho, de ambição, com credibilidade e transparência", disse Noronha Lopes.
A assembleia geral ordinária do Benfica tem como ponto único apreciar e votar o relatório de gestão, as contas do exercício de 2019/20 e demais documentos de prestação de contas.
O relatório dá conta de um resultado líquido positivo de quase 27 milhões de euros, fortemente influenciado pelos lucros da SAD. Tratou-se do segundo melhor desempenho dos últimos sete anos, num período que apresenta resultados acumulados positivos de 137,8 milhões de euros e que reforçou os fundos patrimoniais do clube, agora valorizados em 31,9 milhões de euros, com um aumento do ativo de 25,6% e uma redução do passivo de 2,7%.
A nível das receitas, o destaque vai para o crescimento das quotizações pelo sétimo ano consecutivo, atingindo, em 2019/20, 17,2 milhões de euros, um novo recorde.