Marko substituiu o internacional português em Sevilha com uma exibição bem acima do que tem sido a sua média esta época. Foi ativo e eficiente da defesa ao plano ofensivo
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Marko Grujic era o candidato mais provável para render Sérgio Oliveira no primeiro desafio do FC Porto com o Chelsea e deu uma resposta de bom nível. Não se trata propriamente de comparar o internacional sérvio a um dos elementos mais influentes da equipa.
Não se trata de comparar o sérvio a um dos nomes mais influentes da equipa - o próprio treinador frisou que são "jogadores diferentes" - mas sim de observar a boa resposta num desafio exigente.
Aliás, o próprio Sérgio Conceição, no final da partida, frisou que são "jogadores diferentes", mas a verdade é que Grujic recebeu uma herança pesada e respondeu com a sua melhor versão. É o que dizem os números, recolhidos no portal "Wyscout" e expostos em baixo, que comparam o desempenho de Marko em Sevilha com a média ao longo da época.
De maneira geral, uma conclusão salta de imediato à vista: o camisola 16 foi melhor em quase tudo e perfeito em vários aspetos. Num olhar mais aprofundado, o facto de ter tido quase tantas ações no duelo com o Chelsea como na média da temporada (essencialmente em jogos com adversários menores) reflete desde logo o domínio que o FC Porto teve numa partida que só não correu como planeado no resultado.
100% - Grujic foi perfeito nos duelos aéreos, nos ofensivos e nos dribles. Falhou só dois passes e não perdeu bolas no próprio meio-campo. Viu amarelo por uma falta tática.
Sendo um centrocampista mais defensivo, Grujic transmitiu segurança nesse aspeto, sem deixar de acrescentar algo no plano ofensivo, como é exigido aos dois médios que, normalmente, compõem o setor. Num desafio de exigência acima da média, Marko ganhou mais 20% dos duelos, capítulo sempre tão valorizado por Sérgio Conceição. Nos aéreos foi imperial e, nos defensivos, conquistou metade aos jogadores do Chelsea. Curiosa foi a eficiência nos ofensivos: saiu a ganhar de todos, bem como dos três dribles que ainda assumiu.
De facto, com a bola nos pés, a calma que Grujic exibiu fez também com que só errasse dois passes e perdesse menos bolas, do que o habitual, além de nenhuma ter sido no meio-campo defensivo. Por outro lado, apesar de só ter feito quatro recuperações (em média soma dez), foram quase todas no meio-campo inglês. Ao 11.º jogo a titular, Grujic completou os 90" pela quinta vez e deu uma forte prova de confiança, mesmo que já tivesse merecido os elogios do Conceição, por exemplo, pela atitude com que entrou aos 90", em casa do Marítimo.