Henrique Ramos defende Fernando Madureira e garante que não apresentou qualquer queixa à polícia
Passado de cooperação entre Fernando Madureira e as autoridades destacado pelo sócio agredido na AG
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Henrique Ramos foi o sócio mais mediático entre os agredidos na AG – Pinto da Costa considerou-o “um amigo” — e foram várias as posições públicas, através das redes sociais, a criticar alguns dos agora detidos. Contudo, Ramos rejeita ter qualquer responsabilidade nesta ação policial e judicial. “Quem sou eu para ter esse poder?”, atira a O JOGO. “Eu não fiz nenhuma queixa à polícia sobre o caso. Prestei declarações quando fui chamado à justiça, como é o meu dever e de todos os cidadãos. Pedi, sim, ao clube, sem sucesso, uma tomada de posição muito mais severa sobre o que aconteceu no pavilhão dia 13/11, disso tenho provas e a consciência mais que tranquila”, assegura-nos.
Contudo, Henrique Ramos diz que há “quem não acredite no poder da justiça em Portugal”, mas também aponta-lhe o dedo. “Também poderá ter culpas no cartório dado o alargamento de critério que teve durante anos em relação a elementos mais atrevidos, e não falo do Fernando Madureira, nem vou falar em nenhum nome, pois 99% desses elementos e comportamentos são cíclicos. São atrevidos na adolescência e depois ou vão presos e acalmam, ou acalmam com o desenrolar da vida. A idade e as vivências fazem naturalmente com que as pessoas evoluam enquanto cidadãos de um estado de direito”, sublinha, defendendo o papel do líder da claque, inclusive na cooperação com as autoridades.
“Vivo o clube há mais de 20 anos ativamente e houve certos acontecimentos anormais que foram sempre investigados com uma conclusão já pré-definida, a do esquecimento. Da mesma forma que o Fernando Madureira, em centenas e centenas de casos, cooperou com a polícia 'in loco' para sanar possíveis episódios a roçar o crime — e não estou a ser hipócrita —, a polícia também sabe que contou com ele para sanar rapidamente milhares de desaguisados desde que é líder da claque. O líder só é líder porque o respeitam, e toda a gente que lida com ele de perto sabe que é um educador, um educador momentâneo maior parte das vezes, um educador de ocasião, mas se não foram educados em casa, também não é ele que os tem que educar”, conclui.