"Há várias formas de afastar equipas da subida"

Efeito da derrota na equipa: "Não mudou o dia-a-dia, trabalhamos da mesma forma, com mesma intensidade, vontade e desejo. Sabemos muito bem a distância que temos para os dois primeiros lugares, mas o futebol, muitas vezes, torna-se bonito porque não conseguimos controlar os imprevistos e como deixei claro na minha mensagem de Natal aos adeptos, a última coisa que vamos fazer é desistir, mesmo a 15 pontos de diferença dos dois primeiros classificados. Desistir não faz parte das opções desta equipa técnica e destes jogadores. Quem pensar que a Académica vai atirar a toalha ao chão está enganado. E depois há que perceber o porquê de tudo isso e perceber o porquê da derrota com o V. Guimarães B. Curiosamente, as três equipas que vão atrás dos dois primeiros vêm-se a queixar. Numa semana aqueles que perseguiam ficaram um bocado mais longe. Não foi por jogarem mal, foi por outras situações".

Jogo com o V. Guimarães ainda presente: "Aquilo não foi uma arbitragem, foi uma ladroagem. Há coisas que são importantes. Se olharmos para a tabela da II Liga vamos constatar que a média de pontos, tirando os dois primeiros, de Santa Clara, Cova da Piedade e Académica daria noutros anos para estar no 1.º lugar. Anormal é o que estão a fazer Portimonense e Aves. É engraçado que na semana em que fomos espoliados em Guimarães duas equipas que iam atrás do 2.º classificado, uma fica a 12 e outra a 10. Não tenho a mania dos fantasmas e admito que os árbitros se possam enganar, mas quando as equipas adversárias ficam perplexas com aquilo que vêem é sinal que, se calhar, alguma coisa há errado. Foi mau demais em Guimarães. Está a ver-se as equipas que são financeiramente mais fortes em tudo e não é só nos salários. Há várias formas de afastar as equipas da subida".

Académica mais fragilizada: "Vou ter onze para jogar e jogadores no banco que podem entrar a qualquer altura. Não me preocupo com essas situações. Fico triste porque três jogos ao Yuri é um escândalo e o lance do João Real não é para cartão vermelho porque ele corta a bola. Depois, nós não mudamos a organização se perdemos, empatamos ou ganhamos. Não somos pais tiranos. Como é normal gostava de contar com todos, mas as situações estavam todas previstas e planeadas para que a equipa tivesse uma organização a nível de férias bem delineada, mas há sempre imprevistos que podem acontecer".

Antevisão ao encontro com o Sporting B: "A equipa principal do Sporting também joga no mesmo dia para a Taça da Liga. Não sabemos quais os jogadores que o treinador da equipa principal poderá requisitar à equipa B, mas o que me preocupa é a minha equipa. À semelhança das equipas B tem uma forma muito própria de jogar, tem jogadores com qualidade e um bom treinador. Aguarda-nos um jogo difícil, mas temos de fazer o nosso trabalhar e entrar em campo para vencer".