
Ao falar das dispensas, treinador lembrou os casos de Rodrigo e de Enzo Pérez que foram cedidos no primeiro ano e depois voltaram com potencial para integrar a equipa.
Jorge Jesus desfez dúvidas quanto ao facto de o Benfica ter contratado vários jogadores que acabaram dispensados, explicando a sua estratégia.
As posições em que vão jogar Pizzi e Bebé [Tiago]:
"Como posso chamar Bebé a um homem daquele tamanho? [risos] É o Tiago. Têm características diferentes. O Pizzi é organizador, conhece os momentos do jogo e tem de jogar pelos corredores centrais. Apesar de também saber jogar nas faixas, para mim não é essa a sua posição ideal. Já tinha sido meu jogador no Braga, quando subiu dos juniores à primeira equipa. Pode fazer a posição do Enzo e ainda se eu quiser jogar com três médios. O Tiago é mais da posição 7/11, dos corredores, rápido, e que cruza bem, batendo a bola muito forte e é também muito forte no um para um. Só que ainda não conhece os momentos de jogo, porque ninguém lhos ensinou. Já temos falado isso com ele, o mesmo sucedendo com o Talisca. Quando conhecer esses momentos de jogo para evoluir individualmente, a equipa ficará melhor".
Reforços que não ficam no plantel (Djavan, Luís Felipe, Candeias):
"Há que ver a forma como analisamos a aquisição de um jogador. Se olharmos para a contratação de um jogador que chega como um reforço, é uma coisa, se analisarmos como um jogador que faz parte do plantel, é outra. As exigências do Benfica não são fáceis, em função daquilo que é requerido aos jogadores e em alguns casos podem não chegar no momento ideal para serem logo integrados. Não é a primeira vez que contratamos e achamos que naquelas posições há jogadores à sua frente, sem que tal implique falta de valor para integrarem o plantel do Benfica, podendo evoluir noutras equipas para então regressarem. O Enzo foi contratado e no primeiro ano achei que tinha à sua frente outros jogadores. Teve de ir, voltou e hoje é uma figura de referência. O mesmo sucedeu no caso do Rodrigo, que foi contratado e seguiu rumo ao Bolton, voltou e passou a ser uma referência. Quando se faz uma contratação, não é obrigatório que esse jogador tenha, no imediato, de fazer parte da equipa. Felizmente o Benfica é assim, o mal é quando contratamos um jogador e acharmos que não está no ponto para as exigências e tenhamos de ficar com ele. Isso é que será preocupante".
