Miguel Fonseca, advogado de Bruno de Carvalho, falou aos jornalistas no Tribunal do Monsanto após a 22ª sessão do julgamento do ataque à Academia de Alcochete. Rúben Ribeiro e Gelson Martins foram ouvidos nesta sexta-feira.
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Testemunho de Rúben Ribeiro: "Foram importantes para Bruno de Carvalho, para perceber o processo e para perceber o porquê e como chegámos aqui hoje. Da parte da manhã percebemos que houve alguém que transmitiu falsamente que os jogadores não queriam falar com o presidente - Rui Patrício. Foi a testemunha [Rúben Ribeiro] que disse, não fui eu."
Testemunho de Gelson: "Da parte da tarde soubemos que houve uma mensagem que transmitia que ia haver um ataque à Academia [refere-se a uma mensagem eventualmente enviada a um jogador]. Quem é que mandou tirar isso do processo? Isso poderia dar outros alvos ao processo. Porque é que o Ministério Público ocultou conversas entre jogadores e invasores? O Gelson também disse que só leu esta mensagem depois de ter acontecido. Não sei se outros sabiam, mas que houve informação, houve."
Troca de mensagens entre Bruno de Carvalho e jogadores: "O que nos é vendido é que os jogadores disseram imediatamente que não queriam falar com o presidente porque, na altura, ficaram logo com a convicção que tinha sido o presidente. É falso. Assim como é falso que os jogadores nunca mais tenham tido contacto com o presidente. Nunca ninguém disse que não queria falar com o presidente. Ao intervalo da final da Taça havia mensagens trocadas entre presidente e jogadores. Jesus fez de conta que não sabia de nada disto."
Contacto persiste: "Bruno de Carvalho mantém contacto com jogadores, alguns deles que já prestaram depoimentos aqui e outros que ainda vão prestar. Há jogadores que não comeram aquilo que lhes puseram à frente, que foi que o presidente ordenou o ataque. Os jogadores eram como filhos para ele. São contactos cordiais."
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