Aurora Cunha diz que FC Porto e o norte perderam um líder com a morte de Pinto da Costa
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A antiga atleta Aurora Cunha considerou hoje que o FC Porto e o norte de Portugal perderam um líder e uma figura carismática, depois da morte de Jorge Nuno Pinto da Costa, antigo presidente do FC Porto.
“Perdemos um líder, o norte perdeu um líder, um homem carismático, um homem que se defendia o Porto como ninguém, independentemente de gostarem dele ou não, e é um homem que vai fazer falta, vai fazer falta ao FC Porto. E já não é como o presidente, claro, porque já não é presidente, mas é um homem que vai ficar sempre na história do FC Porto, do desporto português e do futebol português”, assumiu.
Em declarações à agência Lusa, Aurora Cunha considerou que Pinto da Costa “é uma imagem que nunca se vai poder apagar na história do Futebol Clube de Porto, porque o Futebol Clube de Porto tudo deve a Pinto da Costa e Pinto da Costa tudo deve ao Futebol Clube de Porto”.
Recordando quando foi recrutada ao Juventude de Ronfe, Aurora Cunha lembrou que, durante 19 anos nos dragões, ainda conheceu Américo de Sá, mas que grande parte da sua história foi com Pinto Costa como presidente.
Sobre Pinto da Costa, Aurora Cunha recordou a sua presença, junto de uma multidão no aeroporto, depois de conquistar o Mundial de estrada em 1984, naquela que foi uma das primeiras grandes vitórias do ex-líder ‘azul e branco’ como presidente.
“Sinto-me orgulhosa por, na verdade, ter tido como líder o Jorge Nuno Pinto da Costa. É uma pessoa que vamos recordar por toda a vida, porque é uma figura do Porto, é uma figura do Norte, um presidente como aquele dificilmente o desporto português vai ter”, referiu.
Jorge Nuno Pinto da Costa, ex-presidente do FC Porto, clube no qual se estabeleceu como dirigente mais titulado e antigo do futebol mundial entre 1982 e 2024, morreu hoje aos 87 anos, vítima de cancro.
Pinto da Costa tinha sido diagnosticado com um cancro na próstata em setembro de 2021 e agravou o seu estado de saúde nas últimas semanas, menos de um ano depois da derrota para a presidência do clube frente a André Villas-Boas.
Empossado pela primeira vez em 23 de abril de 1982, seis dias depois de ter sido eleito sem oposição como sucessor de Américo de Sá, o ex-dirigente exerceu funções durante 42 anos e 15 mandatos consecutivos, levando o FC Porto à conquista de 2.591 títulos em 21 modalidades - 69 dos quais no futebol sénior masculino, incluindo sete internacionais.