Gonçalo Paciência desafia o passado

Com a mais do que provável saída de Dalot para o Manchester United, o FC Porto vai perder um dos campeões nacionais de "sangue azul" e há outro que no próximo mês vai tentar reescrever a sua história, desafiando o passado: Gonçalo Paciência já integrou os trabalhos em duas pré-temporadas do FC Porto, mas nunca chegou ao fim das mesmas com lugar no plantel. À terceira será de vez? O cenário, desde logo, é diferente: o avançado foi resgatado em janeiro ao V. Setúbal, regressando a casa com mais experiência e outro estatuto, apesar de não ter conquistado um lugar na equipa.

Sérgio Conceição está a contar com ele para a próxima temporada, em que termina o atual contrato. Por isso, será também necessário fazer um prolongamento da ligação que o avançado tem ao FC Porto que já dura desde 2003.

A primeira oportunidade que Gonçalo recebeu foi em 2014/15, um ano depois de ter subido a sénior. Julen Lopetegui chamou-o para a primeira semana de trabalho no Olival e ainda defrontou o Valadares em treino de conjunto, tendo seguido viagem para Horst, na Holanda, onde foi realizado o estágio. Aí, efetuou apenas 45 minutos contra o Venlo, mas não foi utilizado contra o Genk nem contra o Saint-Étienne, este já no Dragão, na apresentação aos sócios. Acabaria, por isso, por ser riscado do segundo estágio de preparação, em Inglaterra. Foi para a equipa B dos portistas, mas ainda faria quatro jogos oficiais pela formação principal.

Na época seguinte, Lopetegui já não o chamou para o arranque dos trabalhos e seguiu por empréstimo para a Académica, onde fez 30 jogos e marcou quatro golos. Entretanto, chegou Nuno Espírito Santo que o quis avaliar. Gonçalo treinou durante uma semana no Olival, não jogou na goleada (10-0) ao Valadares e também não foi para estágio em Kamen, na Alemanha. Acabou cedido ao Olympiacos até janeiro e ao Rio Ave até final da temporada. No primeiro ano de Sérgio Conceição também não teve hipóteses de se mostrar, agora vai estar às ordens do treinador a 2 de julho.