Wolverhampton preferia vender o atacante mas assume que a lesão trava tal cenário. Cedência à Luz é encarada com agrado.
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Gonçalo Guedes viu o final da temporada condicionado devido a problemas no joelho esquerdo, que o levaram mesmo à mesa das operações por duas vezes.
A segunda lesão fez do jogador baixa para o jogo decisivo com o Santa Clara, mas a paragem que enfrenta agora, prevista para três meses, pode ser um importante trunfo do Benfica para assegurar a sua continuidade na Luz.
Isto porque o Wolverhampton, que apesar de admitir o empréstimo apontava como prioridade à venda do futebolista - contratado no início de 2022/23 por cerca de 32 milhões de euros -, encara agora como cenário realista precisamente a cedência do atleta.
O conjunto mais português da Premier League pretendia recuperar o investimento feito no internacional luso, mas a longa paragem complica os seus planos. Agora, os Wolves assumem que o empréstimo é o caminho a seguir e pelas boas relações que existem com o Benfica estão disponíveis para negociar nova cedência, ainda que seja necessário discutir o pagamento dos ordenados de Guedes. O futebolista estará ausente até final de agosto, algo que lhe retira capacidade de atrair o mercado. Assim, a permanência na Luz é bem vista no Wolverhampton, que espera, caso as águias avancem em definitivo para negociações, que o atacante possa recuperar espaço na Luz e voltar a valorizar-se. Aliás, perante a demonstração recente da capacidade financeira das águias, o conjunto britânico admite até o eventual cenário da compra do passe por parte dos encarnados.
Fora dos planos do treinador Julen Lopetegui, Gonçalo Guedes agrada a Roger Schmidt e o Benfica pretende a sua permanência por mais um ano em "casa" - como assumiu o vice-presidente Luís Mendes -, já que o avançado, que pode jogar como extremo ou no centro do ataque, foi formado no Benfica Campus, no Seixal.