Fábio Roque, antigo treinador-adjunto das camadas jovens do Sporting, deixou grandes elogios ao extremo dos leões
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Fábio Roque, antigo treinador-adjunto do Sporting, falou esta terça-feira à Sky Sports sobre o trajeto ascendente de Geovany Quenda, deixando grandes elogios à qualidade do jovem extremo português, de 17 anos.
“Aquela formação é perfeita para ele. Quando [Rúben] Amorim chegou, ficou claro como água que Quenda conseguia encaixar perfeitamente. Ele tem uma grande relação com o golo e é muito bom no um para um”, começou por enaltecer, comparando-o com Bukayo Saka, uma das grandes figuras do Arsenal, que vai jogar esta terça-feira (20h00) em casa dos leões na Liga dos Campeões.
“Entendo a comparação [com Lamine Yamal], mas Geo cobre muito mais espaço. Ele é muito comprometido nos momentos e duelos defensivos. Ele joga tão bem ali [corredores] porque o espaço que cobre no campo é enorme. Geo exige muito de si próprio nos momentos defensivos, em termos de fechar, recuperar rapidamente e vencer duelos pelos seus colegas de equipa. Ele faz-me lembrar Saka no início da sua carreira, quando jogava a lateral. Só existe um Geovany Quenda, é diferente de qualquer outro jogador que eu treinei. Ele pode deixar uma marca no futebol que é totalmente diferente. Estamos a falar de, juntamente com Lamine Yamal e Estêvão Willian, os melhores jogadores daquela geração nascida em 2007”, apontou.
Nesse sentido, o antigo adjunto do Sporting revelou que Quenda, já depois de ter militado na academia do Benfica, deixou toda a gente boquiaberta após ter dado entrada em Alcochete, em 2019.
“As pessoas contam a história de que ele matou toda a gente no treino enquanto jogava com calças de ganga. Não é normal, ele é esse tipo de miúdo. Alguém no nosso scouting disse-nos que o Benfica tinha um novo jogador e ele era sub-11 quando chegou. Fui vê-los e ali estava aquele miúdo, que vinha totalmente do futebol de rua, na ala esquerda. Era ele, muito bom no um para um”, contou.
De resto, Roque também sublinhou a mentalidade vencedora do jovem extremo, aliada ao seu talento dentro de campo.
“O talento tem de estar lá, mas ter a capacidade de entender onde estás e ir em busca destes desafios a toda a hora é o que faz a diferença para Quenda. Ele não quer saber de quem vai defrontar, pode estar a jogar contra o Manchester City em frente a 50 mil pessoas ou com amigos, vai jogar para ganhar”, rematou.