José Mota anteviu o jogo frente ao FC Porto, que se disputa na quinta-feira na Vila das Aves.
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Palavras de Sérgio Conceição: "Concordo com o Sérgio. A nossa qualidade de jogo tem sido acima da posição que ocupamos, mas também sabemos que a posição é questão de uma vitória. Tudo se ultrapassa. Nós temos é que deixar de ter um pouco o romantismo da qualidade de jogo e saber salvaguardar a vantagem, muitas vezes estamos a vencer e acabamos por ver os adversários dar a volta ao resultado. Temos que ser mais realistas do que pretendemos, e isso tem-nos faltado. Temos qualidade e com tranquilidade temos que saber disputar todos os jogos. A nossa posição não condiz com a qualidade que temos demonstrado, nomeadamente nos últimos jogos".
Duas versões do FC Porto: Estou à espera de duas versões do FC Porto. Temos que estar preparados e vou dizer-vos que estaremos preparados se jogarem com dois avançados ou um. Sabemos que se jogarem só com um avançado, Marega é um jogador que dá muita profundidade. Vai ser intenso, bem disputado, contra o FC Porto, que é talvez a equipa que dá mais trabalho em Portugal. O FC Porto consegue fazer estas duas versões, jogar muito apoiado mas rapidamente consegue a profundidade com a velocidade dos seus jogadores. É um futebol que eu gosto, sinceramente, e parabéns ao Sérgio por isso, que tem feito um grande trabalho a todos os níveis, não só cá como na Champions. Fantástico, mesmo. É o que queremos ver todos os dias, com dinâmicas que possam fragilizar o adversário. Temos que ter muita concentração, qualquer bola descoberta nos pés dos médios do FC Porto vai dar velocidade. E depois há outra coisa: vamos ter que jogar, vamos ter que ter bola e vamos ter que o fazer de forma tranquila."
É possível vencer o FC Porto? "Temos que perceber que é possível ganhar ao FC Porto. O FC Porto não vai ganhar sempre. São 16 vitórias consecutivas, é um recorde e é muito bom para o FC Porto, para os seus jogadores. Agora há outra coisa muito importante, todos os recordes são para se quebrar. O que vamos tentar fazer é exatamente o que temos trabalhado. Pensar que podemos vencer e temos as nossas chances de o fazer se estivermos num dia bom, muito concentrados, tudo isto é importante. Teremos que ter uma boa dinâmica, uma boa responsabilidade em termos defensivos, eficazes ofensivamente... Se o fizermos, estaremos perto de conseguir essa mesma vitória".
Reforços: "Vamos tentar, porque todos sabemos que é importante. Chegar a esta fase e perceber que há um aspeto imprtante, que são as limitações. Sabemos as nossas e sabemos qual é o nosso mercado. É cada vez mais difícil ir à II Liga e recrutar os melhores valores. É tudo muito difícil. O mercado brasileiro e o mercado da América Latina também não é fácil pela adaptação que exige e uma série de fatores. Se surgirem oportunidades que nos satisfaçam, com certeza tentaremos".
Filosofia: "A nossa filosofia de jogo enquadra-se na forma como as equipas grandes querem dominar o jogo. Conseguimos ser sólidos em termos defensivos e sair com alguma rapidez e objetividade. Falta-nos eficácia para que possamos ser uma equipa com mais pontos e argumentos. As equipas grandes, pelas obrigações que têm, acabam sempre por conceder mais espaço na sua forma de jogar, na sua defensiva, que nós sabemos explorar muito bem. Tenho que valorizar a minha equipa, porque temos de perceber as armas que temos para jogar com estas equipas. Temos tido boas prestações, mas também não somos só uma equipa de transição, porque às vezes dominamos o jogo. Os meus jogadores acabam por estar mais à vontade nestes jogos, porque as estratégias e dinâmicas são diferentes e tornam estes jogos divididos com as equipas grandes. Espero que neste mesmo ano tenhamos esta regularidade em todos os jogos e possamos ter mais pontos".