ENTREVISTA, PARTE II - Arruabarrena travou penálti do brasileiro no empate a um golo no Dragão, na época passada
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Já com proezas de uma vitória e um empate no Dragão, o Arouca teve em Arruabarrena um protagonista da divisão de pontos da época passada: Cristo marcou perto do fim, empatando Evanilson já na maratona de descontos.
O guarda-redes uruguaio até travou um penálti a Galeno na curva final do jogo. “Foi muito emocionante, tivemos um grande desempenho, mas foi uma lástima o longo tempo de compensação, que nos fez sofrer o golo 19 minutos para lá da hora. Isso provocou uma grande amargura; fiquei feliz pelo penálti defendido, mas era mais importante se tivesse rendido três pontos”, lembra. “Foi lindo naquele instante, porque estava o sabor da vitória no ar. Vivi nessa altura um período em que travei muitos penáltis, mas não me interessa muito ser especialista. Apenas faço tudo para não sofrer golos”, vinca.
Galeno, perdulário nessa noite, já leva esta época três concretizações certeiras da marca de onze metros. “Não sei se errou contra mim, porque o penálti que ele marcou ao Farense foi parecido, talvez mais levantado, o Ricardo [Velho] atirou-se bem mas não chegou. Contra mim, bateu mais baixo e eu apanhei. Mas a cobrança é semelhante e forte. Falhar pode acontecer a qualquer um”, relativiza Arruabarrena, mostrando estudo que o fez vestir a capa de herói. “É sempre preciso um pouco de sorte, para quem bate e quem defende. O Galeno tinha marcado quatro ou cinco antes de chegar a esse jogo e tinha-os concretizado todos, para os postes ou mais para o meio”, destaca, reconhecendo que o extremo, que esteve perto de rumar à Arábia Saudita e ser adversário pelo Al Ittihad, que até foi recente oponente do Al Wehda, é um portento à solta nesta fase.
“Está num nível superlativo, muito confiante, a sentir-se importante, isso favorece-o. Ele está cómodo no FC Porto e a equipa muito cómoda com ele. É um grandíssimo jogador, arrancou muito forte esta época, mostra-se incisivo no seu jogo e está feliz”, atesta à distância, sem se aventurar a explicar a rutura da ida para a Arábia Saudita. “Creio que estar no FC Porto é bom para ele, não sei o que se sucedeu”.