Gabri saiu muito jovem do Celta de Vigo e, dois anos depois, sentiu que estava na hora de apostar numa liga mais forte e num clube que lhe permita voltar a mostrar-se ao futebol europeu
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Está quase há dois meses no FC Porto, como tem sido experiência?
—Foi um passo muito importante na minha carreira. Como todos sabem, tomei a decisão, há alguns anos, de ir para uma liga nova, tudo muito diferente, e agora estou muito entusiasmado por estar aqui, por voltar à Europa, por estar numa equipa tão grande como o FC Porto, por fazer as coisas bem, por lutar por títulos e, sobretudo, para ajudar o FC Porto a vencer.
Apesar de não ter jogado jogos oficiais em Portugal, apenas o Mundial e particulares, sentiu a mudança de intensidade do Al Ahli para o FC Porto?
—Digo sempre que são dois mundos diferentes. A competição aqui em Portugal tem um nível técnico-tático muito superior. Já notei isso nos primeiros treinos, mesmo antes do Mundial, e agora também se nota na execução e na qualidade. Tive a sorte de estar com grandes jogadores lá, mas, em geral, a liga era diferente. Sempre defendi que era muito melhor do que as pessoas pensam. Creio que isso ficou demonstrado no Mundial de Clubes com o Al Hilal [eliminado nos quartos-de-final], que mostrou um nível muito bom. Respeito sempre o sítio de onde venho, mas, obviamente, aqui encontrei um grupo e também rivais de grande qualidade.
Já foi apontado como uma das maiores promessas do futebol europeu. Esse estatuto continua a acompanhá-lo ou olham para si de forma diferente?
—Bem, talvez seja de uma forma diferente, porque tive esse “boom” na temporada no Celta, que foi, sem dúvida, uma grande época, que depois me levou a uma transferência que mudou a minha vida. Foi uma decisão difícil, mas acho que acertada. Agora encontro-me numa situação que não é muito habitual para um jovem: voltar e ter que se mostrar novamente ao futebol europeu, que também é uma das razões pelas quais decidi dar este passo, num grande clube como o FC Porto, um clube que ajuda muito a crescer o jogador, que está sempre a lutar por títulos, com essa exigência e pressão. A verdade é que não gosto de usar etiquetas, nem para mim nem para os outros. Sou um jogador mais do plantel, que vai dar tudo pelo FC Porto.