Camilla Prando, diretora de Relações Internacionais do São Paulo, é admiradora confessa do futebol português
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Cristiano Ronaldo, José Mourinho, Jorge Mendes, Jorge Jesus, Bernardo Silva, Bruno Fernandes, Rúben Dias, etc. etc. etc. Portugal não tem muitos habitantes, mas entre eles contam-se alguns dos melhores do mundo no futebol. À conversa com a diretora do departamento de Relações Internacionais do São Paulo, O JOGO recolheu uma opinião sobre o assunto.
"É um país tão pequeno, mas com uma expressão tão grande no futebol. Tem grandiosos treinadores, jogadores e muitos outros profissionais bons em todas as áreas do futebol. Aliás, nós no Brasil já tivemos treinadores portugueses como Jorge Jesus, Abel Ferreira, Jesualdo Ferreira. O futebol português é uma das melhores escolas do mundo e está muito bem servido de grandes profissionais", começou por comentar Camilla Prando.
"Os profissionais portugueses são capacitados. Têm um conhecimento profundo e sei que adoram falar de futebol. Aplicam também a periodização tática do Vítor Frade, do qual sou uma grande fã. Pormenores como esse ajudam a explicar a grandeza do pequeno país que é Portugal", prosseguiu, à margem da conferência "Global Football Management - O Futuro da Gestão Humanizada do Futebol", na qual defendeu uma maior internacionalização dos clubes brasileiros.
Nascida no Brasil, Camilla partiu cedo para a Suécia. Chegou a ser futebolista federada, mas depois dedicou-se aos estudos, concluindo um curso superior na Universidade de Estocolmo.
"Eu comecei a jogar na escola. Nos intervalos jogava futebol às escondidas com os rapazes, mas também fazia ballet. Aos 9 anos fui para a Suécia e continuei a jogar, depois fiz a escolaridade e a formação no futebol ao mesmo tempo. Há uma igualdade de género muito grande lá e as infraestruturas de futebol feminino são muito boas, com condições de treino, jogos, etc. O futebol feminino é valorizado na Suécia, os jogos dão na TV, o salário é bom e dá para viver bem do jogo", explica, perspetivando depois um crescimento acentuado do futebol feminino num futuro próximo.
Assim a FIFA faça bem o seu papel: "Acredito que a FIFA está a fazer um trabalho bom nesse sentido. Apoia, dá dinheiro, dá suporte ao futebol feminino. E quanto mais a FIFA for puxando, mais as federações e os clubes também aderem. A FIFA é o maior incentivo, o maior apoio e tem metas de crescimento do futebol feminino até 2026. Mas vai depender dos lideres dos clubes e também das federações."