Pedrinho afirma que o criativo japonês está entre os jogadores mais inteligentes com quem já partilhou o balneário
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Pedrinho, uma das peças nucleares do Gil Vicente que alcançou um inédito apuramento para o play-off da Liga Conferência, em 2021/2022, falou a O JOGO sobre o ex-companheiro Fujimoto, eleito o melhor médio da I Liga em outubro e novembro, e o segundo estrangeiro com mais jogos pelos galos, 163.
“Quando cheguei ao Gil, a meio da época, não consegui perceber muito bem as qualidades do Fuji. Ele jogava um bocado na ala, a extremo direito, e isso ofuscava-o um bocadinho, porque é muito forte a jogar entre linhas. Mas depois, no segundo ano, na posição 10, começou a ver-se as qualidades”, lembrou o agora jogador do Kocaelispor, da Turquia. “Foi dos jogadores mais inteligentes com quem partilhei balneário. É um número 10 que trabalha bastante, corre muito, e não só na parte ofensiva. Defensivamente também é muito bom, e isso é muito importante num 10 moderno”, acrescentou.
Na vertente mais pessoal, o ex-gilista recorda um “miúdo humilde, que sabe perfeitamente o que fazer no campo”, sem se atrapalhar com a barreira linguística: “No primeiro ano ele não percebia português. Na altura, o Ricardo Soares [treinador] só falava português e o Fuji, nos exercícios, era o primeiro a entender e a fazer, quando outros colegas, portugueses e brasileiros, não percebiam”.
Para o médio de 31 anos, Fujimoto é “fortíssimo na visão de jogo e qualidade técnica”, e está a ter uma “evolução natural”. “Tem mais golos esta época, o que é importante para um jogador ofensivo”, diz Pedrinho, com eterno carinho pelo Gil: “Toda a gente sente saudades dos lugares onde foram felizes. E eu fui muito feliz em Barcelos”.