Frente ao Moreirense, Benfica rematou e atacou mais do que a média, mas com menor eficácia
Águias tinham, a nível interno, vencido os três jogos anteriores em que se viram a perder.
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Obrigado a vencer para seguir em frente na Taça da Liga, o Benfica saiu de Moreira de Cónegos apenas com um empate, caindo mesmo na prova após um jogo em que começou a perder.
E pela primeira vez esta época a nível interno não foi capaz de operar a reviravolta depois de ver o adversário abrir o marcador: Paços de Ferreira, Vizela e Rio Ave, todos no campeonato e em partidas disputadas na Luz, chegaram a assustar as águias, mas acabaram por ver a equipa de Roger Schmidt dar a volta ao resultado e vencer.
Na visita ao terreno do líder da II Liga, os benfiquistas ficaram-se pela igualdade, a exemplo do que tinha sucedido por mais duas ocasiões mas na Liga dos Campeões. O PSG esteve a ganhar nos dois jogos mas viu o clube da Luz conseguir arrancar um empate. Também na Champions, o Benfica mostrou maior capacidade de reação ante a Juventus, em Turim. Começou a perder mas venceu por 2-1. No total são assim quatro vitórias e três empates em sete jogos da formação de Roger Schmidt após estar em desvantagem.
A eliminação na Taça da Liga deixa um sabor amargo às águias, mas o Benfica apresenta uma maior capacidade para reagir à adversidade do que em 2021/22: finalizou a época com cinco vitórias, dois empates e sete derrotas a nível interno após começar a perder, somando também com jogos europeus cinco vitórias, quatro empates e dez desaires.
Comparando a atual época do Benfica com os rivais, o desempenho é também superior: em todas as provas o Sporting tem seis derrotas e apenas uma vitória nesta situação, enquanto o FC Porto soma dois empates e quatro jogos perdidos.
Mais tiros e ataques com menor eficácia
O Benfica carregou como pôde para tentar vencer o Moreirense e anular a desvantagem, mas apesar de ter rematado mais e feito mais ataques posicionais do que a média em 2022/23 a verdade é que a equipa apresentou uma menor eficácia.
Com 20 remates em Moreira de Cónegos contra os 16,7 de média, o Benfica acertou apenas, segundo dados do Wyscout, 35 por cento dos tiros no alvo, contra os habituais 39,8%. E quanto aos ataques posicionais, apenas 20,8 por cento dos 48 construídos resultaram em remates, contra os 26,5% habituais em 38,9 de média. Curiosamente, foi nos três jogos em que começou a perder que o Benfica mais remates fez: 27 com Vizela e Rio Ave e 24 com Paços de Ferreira. Até se pode dizer que faltaram mais tentativas de golo.