Frente ao Rio Ave, Benfica fez a melhor segunda parte de 2021. Confira os dados
Benfica alcança com o Rio Ave os melhores números ofensivos de uma segunda parte em 2021 e relembra arranque forte.
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O Benfica alcançou na segunda-feira a terceira vitória em dez jogos no campeonato no ano civil de 2021 e muito à custa de uma melhoria exibicional, particularmente visível na segunda parte, em comparação às jornadas anteriores.
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Jorge Jesus tem insistido nos últimos dois meses que a equipa se ressentiu da covid-19, de que faltava fôlego e confiança para uma melhor definição no ataque e consequente evolução nos resultados. No 2-0 ao Rio Ave, conseguido com os golos de Seferovic aos 59" e de Pizzi aos 78", as águias atiraram três vezes à baliza no primeiro tempo e só dois dos 18 ataques posicionais originaram remates.
Nos segundos 45 minutos tudo mudou: a equipa melhorou na taxa de cruzamentos certos, nos duelos ofensivos e defensivos, mas empurrou os vila-condenses para a intermediária acima de tudo pelo critério que teve a jogar. O Benfica acertou 18 dos 20 passes para o último terço, subindo de 86,29 para 90% a eficácia nesse capítulo, e dos 22 ataques posicionais que teve conseguiu finalizar nove, evitando perdas de bola junto às zonas de finalização como em embates anteriores. A utilização de Everton e Rafa em terrenos interiores ajudou a que os atacantes dispusessem de mais chances, assim disparando 11 vezes, quase quatro vezes mais do que antes do intervalo. De um tiro enquadrado no primeiro tempo, o Benfica cresceu para cinco após o reatamento, dos quais dois resultaram em golo.
Jogo com os vila-condenses entra para o leque das segundas partes mais fortes no campeonato. Melhor índice de ataque posicional com remate e passes no último terço mostram melhor definição
O JOGO recolheu os dados das segundas partes do Benfica no campeonato e a jornada 21 entra diretamente para o topo dos jogos no ano civil de 2021 e alcança até o leque de melhores exibições ofensivas em muitos dos vetores analisados, estando em linha com o bom período que a equipa viveu no arranque da Liga. Com o Rio Ave as águias superaram a capacidade nos ataques posicionais contra Moreirense (2-0), da jornada 2, e do 0-3 com os vila-condenses na quarta ronda: finalizaram 40,9% das iniciativas contra as taxas de 37,5% e 36,4% desses encontros.
A incursão ao reduto vila-condense valeu 90% de eficácia nos passes para último terço, só ficando atrás do embate com o Moreirense, o já referido jogo da segunda jornada, onde atingiu os 93,4% de sucesso. Bateu, por larga margem, os 83,9% ante o Gil Vicente, da ronda dez da Liga, também ela terminada com um 2-0 no marcador.
Por último, a sede de atacar a baliza rival, aliada a alguns erros no passe por parte do Rio Ave, ditou 11 remates, registando-se uma repetição dos máximos alcançados em outras segundas partes, no caso com o Moreirense e com o Tondela, este último da jornada 13 e finalizado também ele com um 2-0. Diga-se, porém, que o enquadramento dos remates está ainda longe de outros encontros. Os 45,6% de tiros à baliza na segunda parte ficam-se pelo oitavo lugar da hierarquia, o que sustenta como em outros jogos que o Benfica atacou menos, mas conseguiu acertar mais vezes no alvo. Ainda assim, Jorge Jesus estará a sustentar-se nestes números para esperar que a produção ofensiva entre numa espiral de crescimento, que retome uma série vitoriosa ao jeito do início da Liga.