Presidente do Sporting acusa ex-líder do Vitória de não ter condições para comandar o organismo por ter sido condenado na Operação Éter
Corpo do artigo
A corrida para a presidência da Liga Portugal promete ser um tema bem quente e animado nos próximos tempos, com posicionamentos e jogos de poder nos bastidores consoante os apoios e preferências por candidatos. Na recente Cimeira de Presidentes que se realizou há uma semana, Frederico Varandas, apurou O JOGO, desferiu um violento ataque a Júlio Mendes, um dos putativos candidatos à presidência da Liga, opondo-se à possibilidade de o ex-dirigente do Vitória suceder a Pedro Proença.
Na referida reunião, o líder do Sporting sublinhou o facto de Mendes ter sido condenado na Operação Éter - o antigo dirigente, recorde-se, recorreu da condenação de um ano e três meses de prisão com pena suspensa por falsificação de documento - e de não reunir, por isso, condições para o cargo. Ora, na sequência deste posicionamento de Varandas, Júlio Mendes enviou uma mensagem a todos os presidentes de clubes a contestar e a repudiar as afirmações do responsável leonino. “[Frederico Varandas] não disse que a verdadeira motivação para tamanho dano reputacional a uma pessoa que não está presente tem a ver com a transferência de Raphinha para o Sporting. Na defesa dos interesses do Vitória (e porque ele havia faltado à palavra várias vezes), vi-me obrigado a recorrer a mecanismos legais para obrigar o Sporting a pagar os milhões que então devia. Nessa altura afirmou que nunca mais me perdoaria e, de facto, aqui está a prová-lo!”, relatou Mendes aos líderes dos vários clubes dos dois escalões profissionais.
Considerando a possibilidade de colocar “uma queixa-crime por danos reputacionais” contra Frederico Varandas, Júlio Mendes deixa para os presidentes de clubes “o julgamento de caráter de uma pessoa que relata conversas telefónicas privadas”, aludindo a um telefonema que manteve com o líder dos leões.