Francisco J. Marques e a decisão do Tribunal da Relação: "A mesma justiça não tem conseguido notificar o jogador Lionn"
O Tribunal da Relação de Lisboa agravou para dois anos e seis meses de prisão, com pena suspensa, a condenação de Francisco J. Marques no caso da divulgação dos emails do Benfica
Corpo do artigo
O Tribunal da Relação de Lisboa agravou para dois anos e seis meses de prisão, com pena suspensa, a condenação de Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, no caso da divulgação dos emails do Benfica.
Uma decisão que, como é natural, mereceu um comentário do diretor do FC Porto, esta noite, no Porto Canal. "Saudar a rapidez desta decisão por parte da justiça portuguesa. Era uma matéria que não é simples. Chegou ao Tribunal da Relação de Lisboa em meados de dezembro, pelo meio houve férias de Natal e um mês depois houve decisão", disse.
"Belo exemplo para o resto da Justiça. A mesma justiça que decidiu desta forma célere, não tem conseguido notificar o jogador Lionn que numa sessão de tribunal anterior e às autoridades denunciou um suborno por parte de César Boaventura para perder num jogo contra o Benfica. O Porto Canal conseguiu num dia, qual o segredo? Ir ao Google", acrescentou, em declarações no programa Universo Porto de Bancada.
"Foram denunciadas, por mim e pelo Diogo Faria e outras pessoas, práticas irregulares e ilegítimas do Benfica à fartazana em 2017, foi aberta uma investigação, mas ainda não chegou a conclusões e continuamos à espera. Passaram quase sete anos. Para isso ainda não houve tempo, por isso tenho de saudar a rapidez", acrescentou.
"Quanto à substância desta decisão, discordo, mesmo não lendo o acórdão. Mas já li que diz que sabíamos que o que dizíamos do Benfica não era verdade. Nós só dissemos verdades. Isto vai acabar, imagino que haja recurso, mas uma entidade terá de certeza: o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Aí acredito que haja justiça sem interferências, sem caldos de cultura", disse ainda.
As penas de Francisco J. Marques e Diogo Faria, diretor de conteúdos do Porto Canal, foram agravadas após as juízas desembargadoras valorizarem o crime de ofensa de pessoa coletiva agravada em relação ao Benfica, nomeadamente através da publicação do livro “O Polvo Encarnado”, refere a Lusa.