A ala esquerda é o lugar que Rúben Amorim mais roda.
Corpo do artigo
A ala esquerda tem dado dores de cabeça a Rúben Amorim esta época e é a posição em que o treinador mais tem mexido, seja por lesões e castigos, seja por não ter encontrado um substituto que reuna as capacidades defensivas e ofensivas que Nuno Mendes (agora no PSG) oferecia.
Aliás, o técnico chegou a dizer: "O que fazemos agora é dividir o que era o Nuno Mendes por vários jogadores."
Amanhã o Sporting recebe o Portimonense e Nuno Santos parte à frente para jogar de início.
A confirmar-se será o 11.º jogo do atleta na ala, ele que, enquanto profissional, passou sempre a carreira a jogar como extremo ou médio ofensivo. Em casa, contra Moreirense e Tondela, na Liga, e com o Varzim para a Taça de Portugal, o canhoto foi utilizado a titular na ala, justamente para dar mais propensão ofensiva aos leões. A agressividade do camisola 11 convence Rúben Amorim, que o vê como um jogador polivalente, capaz de compreender as missões no jogo e, claro, abanar com as defesas a partir de trás. Soma 531 minutos na asa esquerda, onde já fez uma assistência, e tem dado critério sempre que entra.
Tem a titularidade na mira para dar sequência às exibições em Penafiel e em Barcelos: no primeiro jogo, o Sporting ficou em inferioridade devido à expulsão de Tabata e Nuno Santos fechou o corredor todo, não se notando a diferença numérica; no segundo, os leões ficaram com dez pela expulsão de Neto, Matheus Reis foi para o centro da defesa e o camisola 11 entrou para o lugar de Sarabia, aos 30", para fazer toda a asa e abrir o marcador no triunfo por 3-0.
Matheus Reis até é o jogador que acumula mais jogos e minutos na lateral-canhota, mas face às ausências dos centrais Feddal (lesionado) e Neto (castigado), o brasileiro vai voltar a jogar de início no trio defensivo, com Coates e Inácio, algo que já sucedeu em vários desafios esta temporada. Tanto Reis como Santos têm sido influentes na ala, mas Rúben Amorim tem alternado as suas opções também consoante as "características dos adversários", como o próprio admitiu. De resto, a roda viva no lugar começou bem cedo: Nuno Mendes, antes de rumar ao PSG, fez três jogos na posição; depois Rúben Vinagre, que até somou duas assistências, ganhou o lugar, só que o 5-1 contra o Ajax tirou-lhe confiança ficando-se pelos dez jogos antes da lesão. Esgaio passou pela posição em cinco encontros (já foi central também) e Nazinho teve outros cinco embates para se mostrar, dois como titular, mas ainda não fez exibições que convençam para jogos "a doer".