Saídas de Galeno, Nico González e, mormente, Wendell com um peso significativo nas finanças portistas. Em novembro, na divulgação do relatório e contas, Pereira da Costa já dava conta de um impacto de menos 6 M€ nos vencimentos dos dragões em vários setores. Até ao fim da época somam mais dois.
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As movimentações do FC Porto no mercado de janeiro resultaram em receitas brutas com a venda de jogadores de 110 milhões euros, mas também numa redução significativa da folha salarial até ao final da temporada. A poupança, atendendo aos valores divulgados pelo portal “Capology”, dedicado a finanças no futebol, será de sensivelmente dois milhões de euros até 30 de junho - sem contar com os bónus relativos ao desempenho -, sendo que a maior fatia é respeitante à saída de Wendell. O agora lateral-esquerdo do São Paulo, segundo aquela fonte, teria um ordenado bruto anual a rondar os dois milhões de euros, o que o colocava entre os cinco jogadores mais bem pagos do plantel principal, quando esta temporada teve uma utilização bastante residual.
A esta parcela devem ainda somar-se as relativas a Galeno (Al Ahli) e Nico González (Manchester City), que figuravam na metade mais alta do grupo azul e branco, com vencimentos anuais de cerca de 1,2 milhões de euros, bem como as de Iván Jaime (Valência) e Fran Navarro (Braga), que auferiam abaixo do milhão de euros - os clubes que os receberam por empréstimo assumiram esse pagamento.
Embora o mercado do FC Porto não se tenha resumido a saídas, a verdade é que os valores anuais que William Gomes (ex-São Paulo) e Tomás Pérez (Ex-Newell’s Old Boys) vão ganhar não têm o mesmo peso dos das unidades que saíram. O brasileiro (18 anos) e o argentino (19 anos) chegaram com o estatuto de jogadores de futuro, pelo que o vencimento foi ajustado a essa realidade.
Tudo somado, a redução do valor dos salários a pagar até ao final da temporada vem incrementar uma poupança que, por altura da divulgação do relatório e contas referente à temporada de 2023/24, realizada a 1 de novembro de 2024, já merecia o aplauso de José Pereira da Costa. Na altura, o administrador do FC Porto com a pasta das finanças revelou que, “entre saídas do plantel, da administração e de funcionários o impacto” a este nível seria de “cerca de menos seis milhões de euros”. Depois de janeiro voltou a cair.
Média de idades baixa uma décima
As tranformações no plantel do FC Porto após o encerramento do mercado de inverno tiveram um impacto mais reduzido do que seria de imaginar na média de idades do grupo liderado por Martín Anselmi. Não obstante as entradas dos jovens William Gomes (18 anos) e Tomás Pérez (19 anos), a média do grupo baixou apenas uma décima, passando dos 25,2 para os 25,1.
Mesmo assim, a contabilidade do portal “Transfermarkt” coloca os azuis e brancos a meio do pelotão do campeonato, atrás do Sporting (24,5) e também do Benfica (25). O ranking de juventude é liderado pelo Rio Ave (23,5).