Jorge Coroado recorda que no dérbi de 1994/95 tentou, ainda no início da partida, não inflamar a rivalidade entre os dois clubes, perdoando uma entrada violenta de Kenedy sobre um jogador do Sporting.
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Contudo, mais tarde, os insultos verbais de Caniggia, levaram o antigo árbitro internacional a sacar do cartão vermelho.
"Sempre estive consciente e lúcido de que as decisões que tomei foram as mais corretas. Com um pouco mais de tranquilidade e 'savoir faire', era capaz de ter feito ouvidos de marcador do que Caniggia estava a dizer e, se calhar, teria ficado pelo cartão amarelo. Só que nunca admiti insultos de ninguém", explica Jorge Coroado a O JOGO.
"Se foi complicado sair do estádio? Houve alguma agitação, mas nada de especial comparado com outro jogo que tinha arbitrado entre o Benfica e o Torrense, em que expulsei três jogadores do Benfica", recorda.
Sobre o dérbi deste fim de semana em Alvalade e as declarações que já vão circulando publicamente por parte dos envolvidos, Jorge Coroado comenta: "Há formas distintas de alcançar os objetivos: pode ser pela pressão negativa, lembrando recordações passadas ou ameaçando, ou pela pressão negativa, através do elogio".
Recorde-se que enquanto Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, veio a público pedir para que Slimani não fosse castigado antes do dérbi, na sequência do processo disciplinar por alegada agressão a Samaris num dos três dérbis já realizados esta época, as últimas declarações públicas de Bruno Carvalho, líder leonino, foram no sentido de manifestar a sua confiança no trabalho do árbitro Artur Soares Dias.