Esquerda do ataque mudou de dono. Perdeu a eficácia de RQ10 nos passes e cruzamentos, mas ganhou outro dinamismo
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Os papéis inverteram-se. Cabeça de cartaz de um Vitória profundamente renovado para esta época, Ricardo Quaresma ainda não encaixou totalmente no ataque e perdeu a titularidade em Tondela, enquanto Rochinha deixou o banco de suplentes para se tornar numa das principais apostas do técnico João Henriques, levando dois jogos seguidos sobre a esquerda, anteriormente ocupada pelo "RQ10" dos minhotos, depois de ambos terem alinhado de início contra o Arouca, na terceira eliminatória da Taça de Portugal. O regresso de Edwards à titularidade em Tondela ajuda a entender a saída do internacional português, mas foi Rochinha, colocado sobre a direita em Arouca, quem migrou para o flanco canhoto. À luz dos números, percebe-se que a equipa ganhou dinamismo.
Em dribles com sucesso, Rochinha (média de 9,44) é superior a Quaresma (6,81), somando ainda por jogo mais duelos ganhos (23,12) do que o companheiro de equipa (18,25). Por outro lado, o Vitória deixou de contar com a fiabilidade e constância de Quaresma no que diz respeito a passes certos (24,92) e cruzamentos (4,77). O ex-boavisteiro não se esconde nessas manobras, mas acaba por ter menor eficácia, como ilustram as médias de 19,29 passes certos por jogo e de 2,19 em cruzamentos. Já no trabalho defensivo, volta a destacar-se, pela positiva, ao garantir uma média de 3,69 recuperações de bola por jogo, contra apenas 1,77 de Quaresma. Aos poucos, conquistou a confiança de João Henriques, que, por certo, ainda não estará totalmente satisfeito com o rendimento da equipa em termos ofensivos (apenas sete golos marcados em dez jogos), e até ascendeu ao pódio dos vitorianos mais influentes na liga, com um golo e uma assistência - só é superado por André André e Bruno Duarte. Quaresma, por sua vez, só leva um passe para um remate certeiro.
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