Fernando Saul: "Sempre disse, desde o primeiro dia, que não tinha nada a ver com isto"
Declarações de Fernando Saul, absolvido de todos os crimes no âmbito da Operação Pretoriano, à saída do tribunal
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Fernando Saul, antigo oficial de ligação aos adeptos do FC Porto, foi absolvido esta quinta-feira de todos os crimes no âmbito da Operação Pretoriano.
"Tenho filhos, sou um ser humano e foi devassada a minha vida toda durante dois anos e sempre disse, desde o primeiro dia, que não tinha nada a ver com isto. Acreditei sempre na justiça, também tenho de dar uma palavra à minha advogada que acreditou sempre em mim. É um alívio sair disto porque estive metido num circo que não existiu", começou por dizer aos jornalistas.
"Poderá haver recurso do Ministério Público? Não receio nada. E sabem por que não receio nada? Porque sou inocente. A imagem sai beliscada, claro, porque há órgãos de comunicação social sérios e outros que não são, julgando e difamando as pessoas", concluiu.
Já Fernando Madureira, ex-líder dos Super Dragões, foi esta quinta-feira condenado a três anos e nove meses de prisão efetiva, no âmbito da Operação Pretoriano, relacionada com os incidentes na Assembleia Geral (AG) do FC Porto de novembro de 2023.
O coletivo de juízes do Tribunal Criminal de São João Novo, no Porto, deu como provada a existência de um "plano criminoso" para "criar um clima de intimidação e medo" na AG, na qual ocorreram confrontos e agressões, para garantir a aprovação da proposta de alteração dos estatutos do clube, do "interesse da direção" então liderada por Jorge Nuno Pinto da Costa.
Fernando Madureira, que teve um papel de liderança e, portanto, uma pena mais agravada do que os restantes arguidos, fica ainda proibido de entrar em recintos desportivos durante dois anos.
Já a mulher de Fernando Madureira, Sandra Madureira, foi condenada a dois anos e oito meses de prisão com pena suspensa, sofrendo a mesma proibição de frequentar recintos desportivos, por um período de seis meses.
