Antigo treinador do FC Porto recorda feito e lembra uma curiosa história em torno da alcunha
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Cumpre-se esta quarta-feira um quarto de século que o FC Porto fez história em Portugal, tornando-se no primeiro clube a vencer cinco campeonatos consecutivos. O inédito e (até agora) irrepetível Penta foi celebrado em Alvalade, ainda antes de um clássico com o Sporting que terminaria empatado (2-2), pelo facto de horas antes o Boavista também não ter ido além de uma igualdade (1-1) com o Farense.
Fernando Santos era o treinador da equipa. "Recordo-me de tudo o que aconteceu, obviamente. Ser penta foi consequência dos quatro anos anteriores. Tenho de lembrar todos os que participaram nos outros quatro anos, o [Bobby] Robson, o [António] Oliveira e toda a estrutura do FC Porto, que é a grande obreira da conquista", afirmou o técnico ao programa Bola Branca, da Rádio Renascença.
"Lembro-me de tudo o que aconteceu nessa época. Lembro-me de Alvalade, de estarmos a preparar o aquecimento e sabermos que já eramos campeões nacionais, lembro-me da festa, da viagem para o norte. O último jogo em casa, curiosamente com o Estrela. Ficou marcado para sempre", prosseguiu, destacando a qualidade do plantel e a união. "Era um objetivo nunca antes alcançado e podia marcar definitivamente o futebol português. E conseguimos. Muito por mérito do balneário fantástico do FC Porto e a qualidade dos jogadores", vincou, considerando que um novo pentacampeonato "dificilmente será alcançado".
O antigo selecionador de Portugal, campeão europeu em 20166, ficou conhecido como o "engenheiro do penta". "Eu tinha trabalhado muitos anos no Hotel Palácio e, quando saiu essa notícia do 'engenheiro do penta', a secretária ligou para o jornal a dizer que eu não era o engenheiro do penta, mas sim do Hotel Palácio. Ela não tinha percebido o que tinha acontecido e achou que não podiam dizer que era engenheiro do Penta, que era o nome de um hotel em Lisboa", recordou, com boa disposição.