Fernando Madureira queria evitar "humilhação pública" de Pinto da Costa na AG do FC Porto
Antigo líder dos Super Dragões recorreu da decisão em que foi condenado a três anos e nove meses de prisão. Pede absolvição ou, no máximo, pena suspensa
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Fernando Madureira recorreu da pena a que foi condenado no âmbito da Operação Pretoriano, junto do Tribunal da Relação. O antigo líder da claque Super Dragões defende que não houve um plano para intimidar sócios na Assembleia-Geral do FC Porto e garante que tinha como objetivo evitar uma "humilhação pública" de Pinto da Costa, na altura presidente dos azuis e brancos.
Segundo o Jornal de Notícias, no recurso apresentado pelos advogados do casal Madureira é contestada a apreciação da prova analisada pelo coletivo de juízes do Tribunal de São João Novo. Os arguidos entendem que as mensagens, trocadas nas vésperas da AG em grupos de WhatsApp da claque e que suportaram a convicção dos juízes para dar como provado um plano criminoso, arquitetado por "Macaco" para intimidar os sócios, apenas revelam a intenção "de não permitir uma qualquer humilhação pública do Presidente da Direção e nada mais do que isso".
O que se projetou nos grupos de WhatsApp não foi um plano de agressão, defende o casal Madureira, até porque, alegam, "não há evidências concretas de que todos tenham decidido previamente cometer ofensas corporais" e porque "não há identificação prévia de vítimas, não há distribuição de tarefas ou funções em torno dos crimes cometidos" e "não houve coordenação ou sincronização de agressões".
Condenado a três anos e nove meses de prisão, Fernando Madureira pretende a absolvição ou, no máximo, pena suspensa.
Sanda Madureira, punida com dois anos e oito meses de pena suspensa, também recorreu da decisão.