Chegou depois de Fernando Saul, oficial de ligação aos adeptos do FC Porto
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Fernando Madureira chegou na manhã desta segunda-feira ao Tribunal de instrução Criminal (TIC) do Porto para ser ouvido pelo juiz no âmbito da Operação Pretoriano. O líder da claque Super Dragões chegou depois de Fernando Saul, oficial de ligação aos adeptos do FC Porto.
Dos 12 elementos detidos, três já estão em casa. Tiago Aguiar, que trabalha na formação do FC Porto, António Moreira de Sá e Carlos "Jamaica" Nunes, adeptos dos azuis e brancos, tiveram autorização do juiz Pedro Miguel Vieira para sair em liberdade, devendo apresentar-se no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto apenas para conhecer as medidas de coação.
O magistrado pretendia divulgá-las rapidamente, mas o aparecimento de novos elementos de prova levou a um atraso significativo nos interrogatórios. Em causa está o conteúdo encontrado nos telemóveis apreendidos nas buscas realizadas na quarta-feira, nos quais, segundo o “JN”, existirão mensagens, vídeos e registos áudios no “WhatsApp” que serão incriminatórias para Fernando Madureira e foram associados ao processo. O líder da claque não terá fornecido os códigos de acesso ao equipamento, mas as conversas terão sido descobertas no do ex-presidente do São Pedro da Cova, Vítor Catão, que entretanto terá mudado de estratégia e optado por remeter-se ao silêncio.
Os novos factos relacionados com este processo surgiram ao final da manhã de sábado, dia em que Vítor “Aleixo” Oliveira, Carlos “Jamaica” Nunes, Catão e Madureira deveriam ser interrogados. Contudo, o juiz decidiu suspender momentaneamente a inquirição, chamando de urgência os advogados dos 12 detidos para os poderem consultar. Um dos telemóveis averiguados terá sido o de Fernando Saúl, oficial de ligação aos adeptos do FC Porto, que poderá vir a prestar mais esclarecimentos.
A hipótese foi colocada em cima da mesa pela advogada, Cristiana Carvalho. “ Se ele voltar a prestar declarações, vão perceber se é”, referiu. “Poderão ser chamados novamente alguns arguidos e ainda falta ouvir outros que pediram para prestar declarações e querem-no fazer e estão no seu direito”, acrescentou a jurista.