Fernando Gomes defende regulamento mais duro e indica subida brutal nas multas a dirigentes
Presidente da FPF marcou esta terça-feira presença na Assembleia da República para participar na Conferência Parlamentar "Violência no Desporto".
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Fernando Gomes marcou esta terça-feira presença na Assembleia da República para participar na Conferência Parlamentar "Violência no Desporto". O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), entre outros assuntos, focou que o comportamento dos adeptos é um dos pontos a melhorar no futebol.
"Há cinco meses, em outubro passado, nesta Assembleia da República, transmiti aos grupos parlamentares o que considerámos serem sinais de alarme que precisavam de ser interpretados e resolvidos. Como tive oportunidade de afirmar na altura - e em ocasiões anteriores -, não ignoramos que existem aspetos fundamentais a melhorar, como o comportamento de adeptos nos estádios e fora deles, a relação com a arbitragem e disciplina, a ética dos dirigentes", introduziu.
"As multas por mau comportamento de adeptos e dirigentes, em particular, tiveram aumentos muito significativos: só da época passada para esta, no principal escalão profissional, foram mais 26 por cento de aumento em mau comportamento de adeptos e mais 245 por cento no que se refere a dirigentes. Estes números provam que não só as instituições que regulam o futebol têm consciência dos problemas como estão a agir, no respeito pelo limite das suas competências.
Este é, de resto, um aspeto essencial que nunca é demais sublinhar: as instâncias disciplinares da FPF estão obrigadas a agir a partir de um quadro regulamentar que é da exclusiva responsabilidade dos clubes profissionais. A dois meses do final da época, período para eventuais alterações, é altura de a estrutura profissional voltar a refletir. Do lado da FPF, investimos como nunca para dotar das melhores condições quem tem de aplicar a disciplina e é hoje unânime que a capacidade de resposta é mais rápida e mais eficaz. Defendemos regulamentos mais duros, que inibam as pessoas do futebol de contribuir para a destruição do setor em que trabalham", atirou Fernando Gomes.